terça-feira, novembro 04, 2008

Ateísmo anti-cultural

Você já percebeu que o ateísmo é anti-cultural? Um dia desses, alguns amigos e eu estávamos esperando a hora passar em um shopping e fomos para o nosso lugar preferido: uma livraria. Andando de um lado para o outro, um colega achou o livro de um autor que tenta desafiar a religião dizendo que Deus não existe. O mais interessante foi notar em que parte estava aquele livro. Ele não estava em uma seção ateísta porque não existe esse tipo de divisão na livraria. Estava numa seção chamada “diversos”. Percebemos que o ateísmo é anti-social. Analise os mais diferentes tipos de sociedades, tanto modernas quanto antigas, e mostre-me uma que não tenha algum tipo de divindade. Toda civilização tem seus deuses, mitologia, divindades, crenças ou, no mínimo, como o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo, um Deus. Você não encontrará uma civilização sequer que seja ateísta, no coração do povo. Até já tentaram, mas ficou comprovado que não dá certo. O governo pode até se declarar ateu, o povão pode ficar calado, mas nas raízes culturais está o fator religião correndo nas veias das pessoas. Isso porque o que nos mantêm vivos é realmente o Todo Poderoso e não há como escapar disso. Então, em qualquer sociedade que um ateu estiver presente, nesse fator cultural, ele não estará identificado com a própria civilização que o cerca, porque a característica “ateu” não representa grupo social algum. É nesse sentido da palavra que digo que o ateísmo é “anti-social”.

Mas os ateístas são desafiados por alguns livros como Não Tenho Fé Suficiente Para Ser Ateu, de Norman Geisler, Surpreendido Pela Alegria, de C.S. Lewis, Ele Andou Entre Nós, de Josh McDowel, Um Ateu Garante – Deus Existe, de Antony Flew, e vários outros, de ex-ateus convictos que terminaram optando por uma alternativa mais inteligente. Se quiser discutir comigo, primeiro leia esses livros, porque o ser humano, por natureza, é religioso. As livrarias estão cheias de livros sobre religião, Deus, espiritualidade. Se você procurar a seção “ateísmo” numa livraria, corre o risco de ficar decepcionado. Poderá encontrar um ou outro exemplar que tenha a audácia de negar a Deus, mas sempre estará sendo do contra, sem nexo, nem identificação popular.

Essas tentativas de não reconhecer a Deus são antigas. E elas contribuem para divulgar o nome de Deus. Se ficassem calados, contribuiriam menos para a teologia. Mas isso sempre existiu. Os babilônios não aceitavam a existência e a liderança do Deus verdadeiro. Os escritores antigos sabiam muito bem disso. Lembra o que Davi já tinha escrito no Salmo 14? “Diz o tolo em seu coração: Deus não existe.” Daí eu pergunto: Por quê? E o salmista responde: É porque “corromperam-se e cometeram atos detestáveis” (verso 1).

Aí está o perigo. Perceba que não é porque abandonaram, mas porque corromperam. O povo de Israel estava correndo o risco de ir para o mesmo buraco, não porque estivessem envolvidos completamente na apostasia, mas porque tentavam ser crentes e mundanos ao mesmo tempo. O problema de tentar equilibrar é um perigo, pois o equilíbrio e o sincretismo correm na mesma avenida, apenas em direções opostas.
Com tudo isso, aprendemos esta grande lição: devemos ser 100% de Jesus.

(Valdeci Junior, conselheiro na Escola Bíblica da Rede Novo Tempo de Comunicação)