O caso é fantástico e ao mesmo tempo previsível. Na verdade, não tem nada de estranho, só comprova que homens machos do sexo masculino [sic] estão geneticamente programados [sic] para fazer tudo por um rabo de saia, inclusive abrir mão das faculdades mentais superiores que fingimos ter. A diferença aqui é a proporção que a coisa tomou. Tudo começou quando surgiu nas interwebs uma moça chamada Robin Sage, essa aí da foto. Ela dizia ter 25 anos e ser Cyber Threat Analyst do U.S. Navy’s Network Warfare Command. Chique, não? Em menos de um mês ela conseguiu 300 contatos no Facebook, incluindo muita gente da comunidade de Inteligência. Fotos de biquini ajudaram. Não parando no Facebook, Robin tinha perfis no Twitter, Linkedin e outros serviços. Seus contatos incluíam gente que trabalhava com o Estado Maior das Forças Armadas dos EUA, CIA, Corpo de Fuzileiros, empresas como Lockheed Martin, Northrop e até o NRO, National Reconnaissance Office, agência secreta responsável pelos satélites espiões do Tio Sam.
Robin recebeu convites para revisar documentos da NASA, propostas para jantar, apresentar uma conferência em Miami... Um soldado no Afeganistão mandou uma foto com dados de geolocalização e, pra piorar, um terceirizado no NRO se confundiu e revelou para ela a pergunta secreta para recuperar senha na conta de e-mail. Fora informações pessoais, fotos de família, endereços e tudo mais revelado pelos espertões babando pela gatinha. O problema: Robin Sage não existe.
Ela foi criada por Thomas Ryan, consultor de segurança. Foi um experimento para identificar a facilidade com que os membros da comunidade de segurança e inteligência poderiam ser enganados. Podemos dizer que o experimento foi MUITO bem-sucedido, e que ninguém verifica absolutamente nada.
O Comando de Network Warfare da Marinha dos EUA não tem um cargo de Cyber Threat Analyst; para ter 10 anos de experiência, Robin deveria ter começado a trabalhar com segurança aos 15 anos [...] Pois é. Robin Sage é um exercício de forças especiais que acontece quatro vezes ao ano, tem mais de 19 anos que é praticado e envolve um [monte] de gente. Thomas Ryan também deixou outras pistas, como usar uma foto de uma mulher com aparência estrangeira [...] e outros detalhes, como os perfis todos tendo um mês de idade.
Não é preciso dizer que o Pentágono está pegando fogo. A facilidade com que gente inteligente cai vítima de engenharia social é assustadora. Antigamente as espiãs sedutoras como Mata Hari ainda tinham algum trabalho, hoje em dia já dá para conseguirem informações sem sequer tirar a roupa (nem mesmo na webcam). Bolas, essa conseguiu informações e contatos sem sequer existir!
Portanto, fica a lição: Seja você especialista de Segurança dos EUA, seja você um zé-mané qualquer, a regra é clara: não dê mole. Um pouco de cinismo é essencial para sobreviver online.
(Meio Bit)
Nota: “Não dê mole.” O conselho vale principalmente para aqueles que lutam para manter a comunhão com Deus num mundo que conspira para nos afastar dEle. Não dê mole! Não deixe de estudar a Bíblia. Não deixe de ter momentos de oração. Não deixe de se reunir com seus irmãos de fé para buscar a presença de Deus. Não deixe de falar de sua fé para outras pessoas. O pecado se disfarça de mil maneiras e está a espreita dos “navegantes” desatentos, não apenas para roubar seus segredos, mas para destruir seus relacionamentos, suas virtudes e valores. O ser humano se torna “bicho burro” quando solta a mão do Pai e se aventura por caminhos proibidos – reais ou virtuais.[MB]