Arqueólogos anunciaram nesta quinta-feira (8) a descoberta de duas tumbas de 4.300 mil anos na necrópole de Saqqara, perto de Cairo, capital do Egito. De acordo com os pesquisadores, o achado pode indicar a descoberta de uma grande área usada como cemitério na região. As tumbas incluem duas portas falsas com pinturas que retratam as duas pessoas enterradas ali: pai e filho que serviram como chefes dos escribas reais. A umidade destruiu o sarcófago do pai, Shendwas, enquanto a tumba do filho, Khonsu, sofreu com furtos durante a antiguidade, de acordo com Abdel-Hakim Karar, arqueólogo que trabalha em Saqqara. "As cores da porta falsa são tão frescas que parece que a pintura foi feita ontem."
Na porta falsa da tumba do pai também está escrito o nome de Pepi 2º, que reinou por cerca de 90 anos no Egito, o que parece ser o governo de maior tempo entre os faraós. Zahi Hawass, chefe de antiguidades do Egito, disse que essas são "as tumbas mais distintas já encontradas no reino antigo", em razão de suas "cores maravilhosas".
(R7 Notícias)
Nota: Chama atenção o fato de as tintas usadas pelos egípcios serem tão resistentes ao tempo, superando de longe as tintas atuais. Mais surpreendente são as pinturas rupestres atribuídas a "homens das cavernas". Que tipo de pigmentos e fixadores essas pessoas usaram, capazes de resistir a muitos milhares de anos em ambientes menos protegidos do que tumbas? Note-se que muitas dessas pinturas descrevem detalhadamente cenas cotidianas e utilizam técnicas mais avançadas do que as dos egípcios, como o pontilhismo, noção de perspectiva, etc (ex.: as pinturas encontradas em Lascaux). Na comparação de Chesterton, "as pinturas não provam nem sequer que o homem das cavernas vivia em cavernas, assim como a descoberta de uma adega de vinhos em Balham [...] não provaria que as classes médias da era vitoriana moravam em habitações completamente subterrâneas" (O Homem Eterno, p. 33).[MB]
Leia também: "Arte elaborada na 'pré-história'" e "Artistas 'pré-históricos'"
quinta-feira, julho 08, 2010
Tumbas egípcias de 4.300 anos têm cores "frescas"
quinta-feira, julho 08, 2010
arqueologia, história