quarta-feira, abril 09, 2014

Astrônomos do Vaticano procuram “irmão extraterrestre”

Funes, no Observatório do Vaticano
Porque cargas d’água o Vaticano está em busca de vida extraterrestre? Será que a hierarquia católica sabe algo sobre a vida alienígena que o resto de nós não sabe? Por que a maior organização religiosa do planeta está gastando tanto tempo e energia à procura do “irmão extraterrestre”? No início deste mês, o Observatório do Vaticano copatrocinou uma grande conferência sobre vida extraterrestre que reuniu 200 dos principais astrobiólogos do mundo. Um dos organizadores afirmou que um dos objetivos da conferência era descobrir “como podemos encontrar a vida entre as estrelas dentro das próximas duas décadas” (confira). Certamente não seria incomum para um grupo de astrônomos e astrobiólogos se reunir para discutir essas coisas. Mas por que o Vaticano está aparentemente obcecado com esse assunto? Como você verá abaixo, há alguns astrônomos do alto escalão do Vaticano que parecem bastante confiantes de que há “algo” lá fora. De fato, um afirmou que, uma vez que isso seja revelado, “tudo o que pensamos que sabemos” deverá “ser jogado fora”.

Normalmente, uma conferência que reúne várias centenas de cientistas não vai gerar manchetes. O que torna esta diferente é o envolvimento do Vaticano. O que se segue é a forma como essa conferência foi descrita no site da NASA: “Motivado pelo crescente número conhecido de planetas do tamanho da Terra, o aumento da gama de condições extremas em que a vida na Terra pode persistir, e o progresso em direção a uma tecnologia que acabará por permitir a busca de vida em exoplanetas, o Observatório do Vaticano e o Observatório Steward anunciam uma grande conferência intitulada ‘A busca por vida além do sistema solar: exoplanetas, bioassinaturas & instrumentos’ (confira).

“O objetivo da conferência é reunir a comunidade interdisciplinar necessária para enfrentar este desafio multifacetado: especialistas em observações de exoplanetas, vida primitiva e extrema na Terra, bioassinaturas atmosféricas, e telescópios que procuram planetas.”

Nos últimos anos, o Vaticano tem realmente adotado uma posição de liderança na busca por vida extraterrestre. O atual chefe do Observatório do Vaticano, José Gabriel Funes, não acredita que haja qualquer conflito entre sua fé e sua busca por vida além deste mundo.

José Gabriel Funes, um padre jesuíta e astrônomo argentino, e atual diretor do Observatório do Vaticano, diz que não há conflito entre acreditar em Deus e na possibilidade de civilizações extraterrestres, talvez mais evoluídas do que os humanos. “Em minha opinião, essa possibilidade existe”, disse o reverendo Funes, que também foi conselheiro científico do papa Bento XVI, referindo-se à vida em outros planetas. De fato, Funes soa bastante otimista sobre a possibilidade de encontrar o “irmão extraterrestre” algum dia.

Questionado se ele estava se referindo a seres semelhantes aos humanos ou até mesmo mais evoluídos do que os humanos, ele disse: “Certamente, em um universo tão grande, você não pode excluir essa hipótese. Assim como existe uma multiplicidade de criaturas na Terra, pode haver outros seres, até mesmo inteligentes, criados por Deus. Isso não está em contraste com a nossa fé porque não podemos colocar limites à liberdade criadora de Deus. Por que não podemos falar de um ‘irmão extraterrestre’? Ele ainda seria parte da criação.”

Funes, que administra o observatório localizado ao sul de Roma e no Arizona, sustenta a possibilidade de que a raça humana possa realmente ser a “ovelha perdida” do Universo. Poderia haver outros seres “que permaneceram em plena amizade com o seu criador”, disse ele. Uau!

Então Funes está realmente sugerindo que, quando encontrarmos seres extraterrestres, eles podem [ser criaturas] que não caíram em pecado como a humanidade. As implicações disso são enormes. Basta verificar o que o pesquisador Tom Horn recentemente disse sobre isso: “Esse é um argumento que eles continuam a sustentar e eles estão se tornando mais e mais inflexíveis sobre isso, que o que sabemos sobre nós mesmos é que estamos caídos, certo? Mas não podemos assumir necessariamente a mesma coisa sobre nossos irmãos do espaço. E se eles não são caídos, eles estão mais perto de Deus do que nós. Portanto, eles têm uma melhor compreensão do Evangelho e da Divindade e da natureza de Deus.”

E quando eles começaram há três anos, Funes dizia: “Eu gostaria de batizar um alienígena na fé católica.” Bem, isso não é o que eles estão dizendo hoje. O que eles estão dizendo agora é que eles [os alienígenas] estão vindo para cá e eles vão nos batizar em sua fé e irão nos obrigar a fazer mudanças em nosso conhecimento, em nossa compreensão do Evangelho. Na verdade, alguns de seus mais profundos teólogos têm dito: “Talvez tudo o que pensamos que sabemos sobre o Evangelho vai ter que ser jogado fora.”

Outro destacado astrônomo do Vaticano, Guy Consolmagno, sugeriu publicamente que os alienígenas poderiam realmente ser os “salvadores da humanidade”.

Comentários cativantes dos padres jesuítas, como Consolmagno, um astrônomo que muitas vezes aparece nos meios de comunicação como um porta-voz do Vaticano, que já trabalhou na NASA e lecionou em Harvard e no MIT, e que atualmente divide seu tempo entre o Observatório do Vaticano e o laboratório (Specola Vaticana), com sede na residência de verão do papa em Castel Gandolfo, Itália, e MT Graham, no Arizona. Ao longo dos últimos anos, ele tem concentrado tanto de seu tempo e esforço na tentativa de conciliar ciência e religião em fóruns públicos, especificamente no que se refere ao tema da vida extraterrestre e seu potencial impacto sobre o futuro da fé, que decidimos contatá-lo. Ele concordou em ser entrevistado a partir de Roma, e ao longo das inúmeras trocas que se seguiram, ele nos contou algumas coisas que pareciam fora do escopo. Ele até mesmo nos enviou uma cópia de um PDF privado, uma literal mina de ouro do que ele e o Vaticano estão considerando sobre as ramificações da astrobiologia e especificamente a descoberta de extraterrestres avançados, em que ele admite como as sociedades contemporâneas irão em breve “olhar para os alienígenas como os salvadores da humanidade”.

Então, se os alienígenas aparecerem e quiserem nos mostrar um “novo caminho”, estaria a sociedade disposta a aceitá-lo? Bem, a verdade é que até mesmo o ateu convicto Richard Dawkins está disposto a teorizar que os alienígenas poderiam ter “semeado” a vida neste planeta (confira).

Então, o que aconteceria se um dia “alienígenas” aparecessem e alegassem que eles semearam a vida neste planeta, guiaram nossa evolução e agora estão aqui para nos levar a uma nova era de ouro? E o que aconteceria se a Igreja Católica desse aos alienígenas seu selo de aprovação? Isso soa absolutamente bizarro, mas há funcionários importantes do Vaticano que aparentemente estão pensando muito seriamente sobre essas coisas.

(Michael Snyder, InfoWars; tradução: Eliézer Militão)

Nota: Isso é realmente impressionante! No que diz respeito à compreensão de que os extraterrestres podem ser criaturas de mundos não caídos, parece que os astrônomos do Vaticano andaram lendo Ellen White... Mas note como se fundem aí ideias evolucionistas (os extraterrestres poderiam ser seres mais evoluídos do que nós) e um tanto perigosas, como a de que essas criaturas poderiam chegar aqui e nos ensinar um novo evangelho (no livro O Grande Conflito, Ellen White diz que o último engano de Satanás será personificar Jesus e afirmar, entre outras coisas, que mudou o dia de guarda do sábado para o domingo). Seria realmente uma união de esforços bem conveniente entre a besta e os “extraterrestres” que nada mais são do que anjos caídos. O falecido pastor George Vandeman, fundador do programa de TV Está Escrito, já dizia que os OVNIS são os “brinquedos de um anjo caído”. Seriam essas constantes “aparições” uma preparação para a aceitação do engano final? Um evento dessa natureza (a chegada dos “extraterrestres”) seria tão espetacular que inebriaria todas as pessoas do mundo – crentes e ateus, judeus e muçulmanos, secularistas e espiritualistas. Caso isso aconteça, quem estará então solidamente firmado nas Escrituras para suportar a prova? Ou alguém pensou que os últimos dias seriam fáceis? [MB]