terça-feira, abril 01, 2014

Cuidado com os “programas” que querem nos impor

Deus propõe um padrão para os sexos
“É para a liberdade que Cristo nos libertou.”
Gálatas 5:1

Outro dia, estive pensando sobre o enunciado de Simone de Beauvoir: “Não se nasce mulher, torna-se.” Estendendo-o, pode-se dizer: “Não se nasce homem, torna-se.” Estendendo-o um pouco mais: “Não se nasce homossexual, torna-se”, e assim vai. A teórica propõe que a identidade do ser humano é resultado de construções , penso, psico, sociais, ambientais, familiares, religiosas e outras diversas. Para mim, a teoria de Beauvoir [sem levá-la a extremos] tem tudo a ver com a época em que vivemos, a época da famosa palavrinha “escolha”, diz um amigo meu, “escolha” alienada ou não. Confesso que, para mim, se é alienada não é escolha, é imposição, mas “deixa quieto”, aí eu concordo com ele, que, alienada ou não, é sempre a gente que paga um alto preço por ela. Para mim, a teoria de Beauvoir não desconstrói o entendimento bíblico que tenho de Deus e da criação. Para mim, o grande construtor é Deus. Ele construiu o homem e a mulher à Sua imagem e semelhança; essa é a base biológica com que todos nascemos (feminino/masculino).

Mas e quanto à identidade? Se nascemos do sexo feminino seremos mulher? Se nascemos masculinos seremos homem? Penso que não. Vou me valer de uma metáfora da atualidade – o computador – para me explicar melhor.

Pensemos num computador de última geração. Sua base técnica se compõe de recursos mais sofisticados, inimagináveis pela mente do senso comum, moderníssimo, porém, para funcionar, ele precisa de programas. Quais os programas que iremos inserir nele? Essa máquina potente será usada tendo qual horizonte em vista? Alguém poderá fazer sabotagem nessa máquina; poderá inserir vírus e outros recursos escusos. Como disse, é uma metáfora, mas ajuda a pensar o ser humano. A identidade dele será fruto de “programas” que a ele forem propostos ou, em muitos casos, impostos. Como se infere de Beauvoir, nada é inato; em relação à identidade, tudo é construído, tudo, exatamente tudo...

Mas e o Deus bíblico? Bem, Este não Se impõe, Ele se propõe. Ele não chega e Se instala, sem pedir permissão, como o sabotador o faz. Ele e Seu porta-voz, Jesus Cristo, são gentleman. Jesus aparece com Seu “programinha”, original, com autoria assinada e rubricada, humilde, olhando nos olhos e mostrando exemplos de diálogo, paz e vida, e aí você escolhe experimentá-lo. E o “programinha” dEle promove uma verdadeira varredura, ou seja, libertação; uma varredura nos programas alienados ou impostos, nos programas frutos de sabotagem à sua máquina. As opções “excluir” e “salvar” começam a fazer sentido nos seus programas de vida e você os aciona. De repente, você, de máquina, torna-se humano, torna-se filho(a) de Deus.

O Deus bíblico, o nosso Grande Construtor, propõe um padrão de homem e mulher, e se não houver sabotagem, se cuidarmos e nos alertarmos sobre os programas que nos impõem ou escolhemos, seremos perfeitos e realizados dentro desse altíssimo padrão de qualidade de vida.

(Leila Lourenço é professora em Criciúma, SC)