terça-feira, abril 08, 2014

Fóssil revela sistema cardiovascular mais antigo já visto

Tão antigo e tão igual...
Nesta segunda-feira (7), cientistas disseram ter encontrado o fóssil de uma criatura semelhante a um camarão que viveu 520 milhões de anos atrás [segundo a cronologia evolucionista] com um coração e artérias exemplarmente conservados que representam o sistema cardiovascular mais antigo já visto. Chamada de Fuxianhuia protensa, a criatura era um artrópode primitivo, um grupo de invertebrados com exoesqueleto que inclui crustáceos como caranguejos, lagostas e camarões, assim como insetos, aranhas e centípedes. O fóssil, encontrado na província de Yunnan, no sudoeste da China, data da Explosão Cambriana, período capital na história da vida na Terra, quando muitos dos maiores grupos animais surgiram [sic], mais de meio bilhão de anos atrás [idem]. “É um caso extremamente raro e incomum que um sistema de órgãos tão delicado seja preservado em um dos fósseis mais antigos e com tanta riqueza de detalhes”, disse a paleontóloga Xiaoya Ma, do Museu de História Natural de Londres, uma das pesquisadoras do estudo publicado no periódico Nature Communications.

As partes moles do corpo de um animal tendem a se decompor após a morte, e por isso normalmente os fósseis só preservam as partes duras, como ossos, dentes e carapaças. “Entretanto, em circunstâncias excepcionais, o tecido mole e os sistemas de órgãos anatômicos também podem ser preservados nos fósseis”, disse Ma.

No caso do Fuxianhuia protensa, o fóssil mostrou um coração tubular no meio do corpo com um sistema de artérias rico e elaborado levando aos olhos, às antenas, ao cérebro e às pernas da criatura. O sistema cardiovascular, incluindo o coração e as artérias, permite que o sangue circule em todo o corpo e distribua oxigênio e nutrientes. A maioria dos animais possui esse sistema, mas aqueles que não são dotados de uma cavidade corporal, como as medusas e os platelmintos, não o possui.

Este fóssil lança uma nova luz sobre a evolução da organização corporal dos animais, e mostra que mesmo algumas das primeiras criaturas se assemelhavam a seus descendentes atuais, disseram os pesquisadores.

Complexidade cambriana


Nota: (1) Preservação de tecidos moles realmente depende de condições excepcionais, como sepultamento instantâneo sob lama; (2) o sistema cardiovascular do animal, mesmo sendo do “antiquíssimo” Período Cambriano, é “rico e elaborado”; (3) “algumas das primeiras criaturas se assemelhavam a seus descendentes atuais”. Tudo isso é previsto pelo modelo criacionista. Por outro lado, o modelo evolucionista prevê o aumento de complexidade a partir de organismos “rudimentares”. A complexidade parece ser a regra, não exceção, quando se fala em vida. [MB]