Convergência profetizada |
O
presidente norte-americano, Barack Obama, não obteve [na semana passada] um
endosso mais firme de suas políticas em seu primeiro encontro com o papa
Francisco, que é uma das personalidades mais populares nos EUA atualmente. A
Casa Branca e o Vaticano deram versões diferentes sobre a conversa reservada de
50 minutos entre os dois, na biblioteca privada do papa, no Vaticano. Em
entrevista em Roma, Obama disse que boa parte do encontro tratou de
desigualdade de renda e da paz mundial. “Não falamos muito de assuntos sociais
controversos”, afirmou. Mas nota emitida pelo Vaticano afirma que o papa e o
presidente americano discutiram “o exercício da liberdade religiosa, o direito
à vida e a objeção de consciência”. [...] Desde
outubro, Obama tem citado o papa, mostrando a convergência entre ambos na
“desigualdade de oportunidades”. Não se sabe se o papa aproveitou para criticar
as posições favoráveis de Obama ao aborto e ao casamento gay.
“Sua
Santidade é provavelmente a única pessoa do mundo que precisa aguentar mais
protocolo do que eu”, brincou Obama. [...]
Analistas políticos
acreditam que Obama buscava apoio de Francisco, hoje uma figura mais popular
nos EUA que o próprio presidente. [...]
Nota:
Quando um presidente norte-americano precisa do apoio de um papa porque este é
mais popular do que aquele em seu próprio país, isso realmente chama a atenção
de quem conhece um pouco das profecias apocalípticas. Evidentemente que Obama tem interesses mais pragmáticos, mas a seu tempo essa convergência resvalará cada vez mais para temas religiosos. Quem viver verá. [MB]