quarta-feira, abril 23, 2014

O primeiro ser humano não existiu?

História mal contada
[Meus comentários seguem entre colchetes. – MB] Você tem um pai e uma mãe, e todo mundo que você conhece também. Esses pais todos também têm pais, e assim por diante. Mas, incrivelmente, não foi sempre assim. Simplesmente, não existe o primeiro ser humano. Baseados em fósseis recuperados ao longo da história, cientistas estimaram uma “linha do tempo” dos nossos ancestrais (curiosidade: se juntássemos todos os nossos ancestrais em uma pilha, ela seria duas vezes maior que o Everest, montanha mais alta da Terra [note como, a partir de estimativas, eles fazem afirmações e comparações]). Hoje, somos o que a ciência chama [a ciência não chama nada, quem chama são os cientistas] de “homem moderno”, ou Homo sapiens sapiens. Vinte mil anos atrás, havia o homem mesolítico. Há 200 mil anos, havia o homem paleolítico (esses homens também eram do gênero Homo, mas havia outras espécies, como os Neandertais). Há 1,5 [milhão] de anos, tínhamos um hominídeo ainda mais primitivo, como o Homo erectus [as datas são todas segundo a cronologia evolucionista, evidentemente].

Porém, 25 milhões de anos atrás, já não temos mais um ser humano ou sequer um hominídeo; temos o Proconsul, um gênero de primatas parecidos com os atuais macacos que viveram na África [se é parecido com um macaco, não deixa de ser um macaco]. Até aí, tudo bem [tudo bem?!?]. Só que, ainda mais longe, 75 milhões de anos atrás, aparece o nosso ancestral Plesiadapis, uma das mais antigas espécies de mamíferos aparentada aos primatas. Esse animal estava mais para esquilo do que algo parecido conosco. E, 160 milhões de anos para longe na nossa história, temos o Juramaia, um gênero extinto de mamífero euteriano (esse lembrava um musaranho).

E 300 milhões de anos atrás? Quem existia nessa época? O Hylonomus, o mais antigo réptil encontrado até hoje, anterior até mesmo aos dinossauros (mais tarde, esse lagarto primitivo se ramificou para os grandalhões protagonistas de clássicos como Jurasic Park). Aliás, todos esses outros animais com quem temos uma “história conjunta” possuem suas próprias histórias, seus próprios “ramos” nessa árvore genealógica da vida.

Finalmente, 385 milhões de anos atrás, conhecemos o último de nossos ancestrais nessa retrospectiva, o Tiktaalik, gênero de peixes sarcopterígeos (que possuem barbatanas com músculo) extinto, com muitas características típicas de tetrápodes (animais de quatro patas). Ele provavelmente é um exemplo de antigas linhas de sarcopterígeos que desenvolveram adaptações a habitats pobres em oxigênio (talvez por conta de águas pouco profundas presentes no seu tempo), e que levaram à evolução dos primeiros anfíbios.

Ou seja, esses anfíbios se tornaram répteis, que depois viraram mamíferos, e primatas e hominídeos. E onde nós estamos? Quer dizer, onde se encontra o “primeiro ser humano”, o primeiro homem moderno, da mesma espécie que a gente, nessa lista? Não há um.

Para os cientistas, é difícil dizer isso, afinal, todo Homo erectus teve pais Homo erectus e filhos Homo erectus, assim como os Tiktaalik, que vieram de Tiktaalik e produziram Tiktaalik, e todas as outras espécies que mencionamos aqui.

Não é possível apontar o momento exato em que uma espécie surgiu, porque esse momento não existe. Para ter uma ideia do que estamos falando, pense no fato de que você era um bebê, e hoje é adulto. Não existe um único dia em que você foi dormir bebê, e acordou adulto (embora tenhamos essa impressão às vezes). [Que comparação forçada!]

E, apesar de parecer um paradoxo não haver um primeiro ser humano, essa observação é na verdade uma das chaves para entender a evolução. A evolução ocorre de maneira rápida e gradual e, como um filme rodando, muitas vezes a gente não consegue ver a mudança enquanto ela está ocorrendo. Mas, toda vez que encontramos um fóssil, é como uma captura de tela de um ponto no passado. Essas fotografias (frequentemente com vários frames faltando entre uma e outra) nos permitem ver pontos da história e nos forçam a reconstruir, baseados nelas, o filme todo. E que filme... [Que filme de ficção científica! Eles admitem a inexistência dos elos transicionais, mas fazem o maior esforço para minimizar isso, usam comparações absurdas e capricham na “oratória” para tentar nos convencer de que a macroevolução seria um fato, a despeito da ausência de evidências. Já foi demonstrado que a tal “árvore da vida” evolutiva é um conceito errôneo, mesmo assim a doutrinação evolucionista prossegue. Tudo para se chegar à conclusão de que o primeiro ser humano não existiu. “Esqueça Adão; aceite o Tiktaalik. Jogue sua Bíblia fora; aceite a nossa estória.”]


Nota: Apesar dos registros históricos, ainda não sabemos direito quem foi Alexandre o Grande, nem mesmo Tiradentes, mas “sabemos” tudo sobre nossos supostos ancestrais de supostos milhões de anos atrás; e tudo com base na interpretação de fragmentos de fósseis... [MB]