História mal contada |
[Meus
comentários seguem entre colchetes. – MB] Você tem um pai e uma mãe, e todo
mundo que você conhece também. Esses pais todos também têm pais, e assim por
diante. Mas, incrivelmente, não foi sempre assim. Simplesmente, não existe o primeiro
ser humano. Baseados em fósseis recuperados ao longo da história, cientistas estimaram uma “linha do tempo” dos
nossos ancestrais (curiosidade: se juntássemos todos os nossos ancestrais em
uma pilha, ela seria duas vezes maior que o Everest, montanha mais alta da
Terra [note como, a partir de estimativas, eles fazem afirmações e comparações]).
Hoje, somos o que a ciência chama [a ciência não chama nada, quem chama
são os cientistas] de “homem moderno”, ou Homo
sapiens sapiens. Vinte mil anos atrás, havia o homem mesolítico. Há 200 mil
anos, havia o homem paleolítico (esses homens também eram do gênero Homo, mas
havia outras espécies, como os Neandertais). Há 1,5 [milhão] de anos, tínhamos
um hominídeo ainda mais primitivo, como o Homo
erectus [as datas são todas segundo a cronologia evolucionista,
evidentemente].
Porém,
25 milhões de anos atrás, já não temos mais um ser humano ou sequer um
hominídeo; temos o Proconsul, um gênero de primatas parecidos com os atuais
macacos que viveram na África [se é parecido com um macaco, não deixa de ser um
macaco]. Até aí, tudo bem [tudo bem?!?]. Só que, ainda mais longe, 75 milhões
de anos atrás, aparece o nosso ancestral Plesiadapis, uma das mais antigas
espécies de mamíferos aparentada aos primatas. Esse animal estava mais para
esquilo do que algo parecido conosco. E, 160 milhões de anos para longe na
nossa história, temos o Juramaia, um gênero extinto de mamífero euteriano (esse
lembrava um musaranho).
E
300 milhões de anos atrás? Quem existia nessa época? O Hylonomus, o mais antigo
réptil encontrado até hoje, anterior até mesmo aos dinossauros (mais tarde,
esse lagarto primitivo se ramificou para os grandalhões protagonistas de
clássicos como Jurasic Park). Aliás, todos esses outros animais com quem temos
uma “história conjunta” possuem suas próprias histórias, seus próprios “ramos”
nessa árvore genealógica da vida.
Finalmente,
385 milhões de anos atrás, conhecemos o último de nossos ancestrais nessa
retrospectiva, o Tiktaalik, gênero de peixes
sarcopterígeos (que possuem barbatanas com músculo) extinto, com muitas
características típicas de tetrápodes (animais de quatro patas). Ele provavelmente é um exemplo de antigas
linhas de sarcopterígeos que desenvolveram adaptações a habitats pobres em
oxigênio (talvez por conta de águas pouco profundas presentes no seu tempo), e
que levaram à evolução dos primeiros anfíbios.
Ou
seja, esses anfíbios se tornaram répteis, que depois viraram mamíferos, e
primatas e hominídeos. E onde nós estamos? Quer dizer, onde se encontra o
“primeiro ser humano”, o primeiro homem moderno, da mesma espécie que a gente,
nessa lista? Não há um.
Para
os cientistas, é difícil dizer isso, afinal, todo Homo erectus teve pais Homo
erectus e filhos Homo erectus,
assim como os Tiktaalik, que vieram de Tiktaalik e produziram Tiktaalik, e
todas as outras espécies que mencionamos aqui.
Não
é possível apontar o momento exato em que uma espécie surgiu, porque esse
momento não existe. Para ter uma ideia do que estamos falando, pense no fato de
que você era um bebê, e hoje é adulto. Não existe um único dia em que você foi
dormir bebê, e acordou adulto (embora tenhamos essa impressão às vezes). [Que
comparação forçada!]
E,
apesar de parecer um paradoxo não haver um primeiro ser humano, essa observação
é na verdade uma das chaves para entender a evolução. A evolução ocorre de
maneira rápida e gradual e, como um filme rodando, muitas vezes a gente não
consegue ver a mudança enquanto ela está ocorrendo. Mas, toda vez que
encontramos um fóssil, é como uma captura de tela de um ponto no passado. Essas
fotografias (frequentemente com vários frames
faltando entre uma e outra) nos permitem ver pontos da história e nos forçam a
reconstruir, baseados nelas, o filme todo. E que filme... [Que filme de ficção
científica! Eles admitem a inexistência dos elos transicionais, mas fazem o
maior esforço para minimizar isso, usam comparações absurdas e capricham na “oratória”
para tentar nos convencer de que a macroevolução seria um fato, a despeito da
ausência de evidências. Já foi demonstrado que a tal “árvore da vida” evolutiva é um conceito errôneo, mesmo assim a doutrinação
evolucionista prossegue. Tudo para se chegar à conclusão de que o primeiro ser
humano não existiu. “Esqueça Adão; aceite o Tiktaalik. Jogue sua Bíblia fora;
aceite a nossa estória.”]
Nota:
Apesar dos registros históricos, ainda não sabemos direito quem foi Alexandre o
Grande, nem mesmo Tiradentes, mas “sabemos” tudo sobre nossos supostos
ancestrais de supostos milhões de anos atrás; e tudo com base na interpretação
de fragmentos de fósseis... [MB]