Guiado pelo Céu |
Estava
indo com minha família para o Centro Adventista de Treinamento e Recreação
(Catre) de Foz do Iguaçu, no Paraná, a fim de participarmos do retiro de
Carnaval com os irmãos da igreja adventista central daquela cidade. Eu não
conhecia o caminho e decidi confiar inteiramente em meu GPS. Quando já havíamos
entrado na periferia da cidade, o aparelho me levou para uma estrada deserta,
de pedras, que cortava imensas plantações. Alguns quilômetros depois de rodar
por aquela rua esburacada, com o Sol já quase se pondo no horizonte verdejante,
minha esposa avistou uma “placa” discreta, na verdade, uma simples folha de
papel sulfite colada num muro, com o logotipo dos Jovens Adventistas, uma seta
e a palavra “acampamento”. Pensamos: “Deve ser aqui.” Mas a estrada parecia
levar para dentro do mato e não para o centro de treinamento. Resolvemos seguir
a indicação, assim mesmo. Assim que entramos na estradinha de terra, vimos um
carro parado e resolvemos pedir informações. Abaixei o vidro e perguntei:
–
É aqui que fica o Catre?
–
Não – respondeu o senhor simpático, de bigode e cabelos grisalhos. – Aqui também
teremos um retiro de carnaval, mas o Catre fica alguns quilômetros adiante,
seguindo pela estrada de pedras.
–
O senhor conhece o Catre?
–
Sim, sou adventista.
Quando
me identifiquei como funcionário da Casa Publicadora Brasileira, ele me disse
que é colportor (vendedor de livros da CPB) naquela região, o que, de certa
forma, nos tornava colegas de trabalho. Conversamos um pouco mais e ele nos
disse que estava precisando de orações e nos contou parte do problema pelo qual
estava passando. Disse que Deus nos havia enviado ali.
Oramos
por aquele irmão várias vezes naquela semana e trocamos algumas mensagens de
texto.
Depois
disso, fiquei pensando: “O GPS pode errar, mas Deus não erra nunca.” Se for
preciso, Ele desvia nosso caminho, ainda que seja para encontrar uma pessoa no
meio do nada para orar por ela.
Continuo
confiando no GPS de Deus.
Michelson Borges