domingo, outubro 05, 2008

Archaeopteryx – ave extinta ou forma intermediária?

Depois que Charles Darwin publicou seu livro A Origem das Espécies, em 1859, os evolucionistas iniciaram a busca de espécies intermediárias de “transição” para comprovar suas alegações. O primeiro fóssil de Archaeopteryx foi descoberto na formação calcária de Solnhofen, na Bavária, Alemanha, em 1861. Os darwinistas o consideraram como a “salvação” que deveria dar apoio a sua teoria. O esqueleto do Archaeopteryx (cujo significado é “asa antiga”) é um fóssil incrivelmente raro, de grande valor. A importância desse fóssil para os darwinistas tem a ver com as suas características que, como eles alegam, pertencem tanto a aves quanto a répteis. Com grande empolgação, eles apresentaram o fóssil como um “elo perdido”, intermediário entre répteis e aves. O Archaeopteryx foi honrado com um lugar de destaque em muitas exibições em museus e também em livros-texto como a “prova” definitiva a favor da evolução.

Entretanto, as várias críticas feitas com relação ao fóssil e às inconsistências que foram surgindo com um exame mais acurado dele permaneceram ignoradas.

O Archaeopteryx tinha garras com penas, nas asas, dentes na mandíbula e uma cauda óssea semelhante à dos de répteis – essas características levaram os darwinistas a interpretar o bicho como prova da teoria da evolução.

Entretanto, os últimos exames feitos dos fósseis de Archaeopteryx mostraram que essa criatura definitivamente não era uma forma intermediária, mas uma espécie extinta de ave, com várias características que a tornavam distinta das aves modernas. Os cientistas hoje concordam que o Archaeopteryx possuía esqueleto, estrutura de penas e músculos de vôo idênticos aos das aves atuais, e era capaz de voar perfeitamente. Além disso, o exame científico comprovou que com a sua fúrcula (osso bifurcado em frente ao esterno no peito das aves) e a estrutura de penas assimétricas, o Archaeopteryx era uma ave voadora plenamente desenvolvida.

Resumindo, o Archaeopteryx não poderia ser classificado como uma forma intermediária, com base em algumas poucas características singulares. Particularmente, o sétimo fóssil de Archaeopteryx, que foi escavado em 1992, confirmou isso, e demoliu completamente as alegações evolucionistas baseadas em qualquer “semelhança” com os répteis.

Colin Patterson, um cientista evolucionista, afirma que as alegações feitas a favor do Archaeopteryx estão longe de ser científicas: “Seria o Archaeopteryx ancestral de todas as aves? Talvez sim, talvez não: não existe uma maneira de responder essa pergunta. É bastante fácil construir histórias a respeito de como uma forma dá origem a outra, e descobrir razões pelas quais os estágios deveriam ser favorecidos pela seleção natural. Porém, tais estórias não fazem parte da ciência, pois não existe maneira de submetê-las a testes.”

Por que o Archaeopteryx não é uma forma intermediária

O Archaeopteryx realmente possui várias características que o diferem das aves modernas. Não obstante, suas características mostram também que ele era capaz de voar, ou seja, ele era uma ave verdadeira. O mero fato de que o Archaeopteryx possuía várias características singulares não demonstra que fosse uma espécie de forma intermediária. Veja algumas provas de que ele não é um intermediário meio-dinossauro, meio-ave, mas sim meramente uma espécie extinta de ave:

1. Os dinossauros não possuem fúrcula, embora o Archaeopteryx, como todas as aves, possua uma fúrcula robusta que lhe possibilitava voar.

2. Uma das mais convincentes evidências de que o Archaeopteryx era uma verdadeira ave voadora é a estrutura de suas penas, de forma assimétrica, idêntica à das aves modernas. Isso revelou que o Archaeopteryx era perfeitamente capaz de voar. Aves que não voam, como o avestruz e a ema, têm asas com penas simétricas. Além disso, a forma e as proporções gerais das asas do Archaeopteryx são idênticas às das aves modernas. O fato de que a estrutura da asa do Archaeopteryx se manteve até os dias de hoje, desde presumivelmente 150 milhões de anos atrás, indica que suas asas foram criadas/projetadas para o vôo. Quem disser que o Archaeopteryx não era capaz de voar, não pode explicar o porquê daquela estrutura assimétrica.

3. Os evolucionistas destacam as garras nas asas do Archaeopteryx como evidência de que ele evoluiu a partir dos dinossauros, e que, portanto, ele é uma espécie de transição. Na realidade, entretanto, essa característica de maneira alguma sugere qualquer relacionamento entre essa criatura e os répteis. De fato, duas espécies vivas de aves – Touraco corythaix e Opisthocomus hoazin – têm garras que servem para se prender aos ramos das árvores. Essas criaturas são aves plenamente emplumadas, sem qualquer característica de réptil. Esses exemplos modernos invalidam a alegação de que as garras nas asas do Archaeopteryx significam que ele deva ser uma forma intermediária.

4. Quando os biólogos evolucionistas descrevem o Archaeopteryx como uma forma intermediária, uma das principais características nas quais eles se baseiam são os dentes. Essa característica, entretanto, realmente não mostra relacionamento algum entre essa criatura e os répteis. Os evolucionistas enganam-se ao sugerir que esses dentes são uma das características de réptil, porque dentes não são características exclusivas de répteis. Alguns répteis modernos têm dentes, outros, não. Ainda mais importante do que isso, espécies distintas de aves com dentes não se limitam ao Archaeopteryx. O registro fóssil contém um grupo separado que pode ser descrito como “aves com dentes” e que viveram tanto na mesma época que os Archaeopteryx como posteriormente – e, de fato, até tempos bastante recentes.

Um fato bastante importante, freqüentemente ignorado, é que a estrutura dental do Archaeopteryx e de outras aves com dentes é bastante diferente da dos dinossauros. A superfície dos dentes do Archaeopteryx e de outras aves com dentes é plana e têm raízes largas. Entretanto, a superfície dos dentes dos dinossauros terópodes, que alegadamente são os antepassados dessas aves, é serrilhada e suas raízes são estreitas.

5. Diziam que o osso quadrato do Archaeopteryx (o osso com o qual a mandíbula é articulada) era semelhante ao dos dinossauros, mas tomografia computadorizada revelou que esse osso de fato é idêntico ao das aves modernas. O movimento das mandíbulas é outra importante evidência que destrói as alegações evolucionistas. Na maioria dos vertebrados, incluindo-se os répteis, somente a parte inferior da mandíbula é móvel; nos pássaros, entretanto, incluindo-se o Archaeopteryx, a mandíbula superior também se move.

6. Outro golpe à tese evolucionista relacionada com o Archaeopteryx provém dos dedos da ave. Foi descoberto que o desenvolvimento embrionário dos ossos do antebraço é completamente diferente nas aves e nos dinossauros terópodes. Os antebraços dos dinossauros terópodes, ou “mãos”, consistem dos dígitos I, II e III, enquanto que as asas das aves consistem dos dígitos II, III e IV. Essa evidência importante, distinguindo dinossauros de aves, foi ressaltada em 1997 em um artigo na revista Science (v. 278, 24 de outubro). Além disso, os ornitólogos L. D. Martin, J. D. Stewart e K. N. Whetstone compararam os ossos astrágalos do Archaeopteryx com os dos dinossauros e revelaram que não havia similaridade alguma entre eles.

Em resumo, a “evolução” das aves não é uma tese consistente com as evidências biológicas ou paleontológicas. É, na verdade, uma alegação fictícia, irrealista, derivada dos preconceitos darwinistas. O assunto da evolução das aves, que alguns especialistas insistem em mencionar como sendo um fato científico, é um mito mantido vivo por razões ideológicas.

A verdade revelada pela ciência é que a criação das aves é resultado de sabedoria infinita. Em outras palavras, tanto o Archaeopteryx como todas as espécies de aves foram criados pelo Deus todo-poderoso.

(Adpatado de Harun Yahya)