Apesar do título belicoso, Como Derrotar o Evolucionismo com Mentes Abertas, de Phillip Johnson (Editora Cultura Cristã), é um bom livro para quem quer se situar em meio à controvérsia entre darwinismo e design inteligente. Johnson, que é formado pela Harvard e pela Universidade de Chicago, leciona direito há mais de 30 anos na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Exatamente por isso, ele foi capaz de investigar o âmago dos argumentos darwinistas, atuando como uma espécie de “promotor de justiça” da teoria. E justiça seja feita: apesar de não ser cientista, Johnson demonstra amplo conhecimento dos temas em questão e analisa tudo de forma crítica e lúcida.
Logo na introdução do livro, o advogado justifica por que os jovens acabam sendo o público alvo da obra: “[Os] jovens precisam tirar vantagem das maravilhosas oportunidades educacionais que nossa sociedade oferece, mas também precisam se proteger da doutrinação no naturalismo que geralmente acompanha a educação. Livros didáticos e outros materiais educacionais tomam o naturalismo evolucionário como certo e, assim, admitem a resposta errada para a mais importante questão com que nos deparamos: Existe um Deus que nos criou e que Se importa com o que fazemos? Os jovens precisam estar preparados para a doutrinação e para isso precisam saber algumas coisas que as escolas não estão autorizadas a ensiná-los. Esse é o principal objetivo deste livro.”
Johnson então passa a utilizar seu “detector de conversa fiada” para analisar a teoria da evolução e chega a propor uma “verdadeira educação em evolução”, com uma abordagem mais autocrítica e menos triunfalista. Ou seja, ele ajuda o leitor a desenvolver uma visão cética com respeito às pretensões darwinistas.
Michelson Borges