Eu tinha nove anos de idade quando teve início a saga dos ônibus espaciais. Tudo era muito impressionante para minha mente em formação – parecia que os filmes de ficção científica que eu apreciava estavam finalmente se tornando realidade. Assisti pela TV a algumas decolagens e acompanhei atento as atividades dos astronautas e suas caminhadas no espaço. Até sonhei em ser como um deles (acho que muitas crianças devem ter tido sonho semelhante). Em 1986, o acidente durante o lançamento da nave Challenger lembrou a todos que a aventura humana no espaço tem seus riscos. E em 1º de fevereiro de 2003, o mundo ficou chocado com a desintegração do ônibus espacial Colúmbia (o mais antigo), quando retornava de sua missão. Sete tripulantes morreram na ocasião.
O mais perto que cheguei do espaço e de uma “caminhada espacial” foi quando saltei de paraquedas a fim de escrever uma reportagem para a revista Conexão JA. Foi uma experiência incrível, mas meu sonho de voar livremente para cima e viajar no espaço ainda não se concretizou. Creio que será realizado em breve...
O pouso da Atlantis coloca fim à saga de 30 anos dos ônibus espaciais. Para mim, isso tem sabor nostálgico e me faz sentir um pouco mais velho. O Atlantis vai para o museu como símbolo de uma era. Mas minha fé continua firme nAquele que prometeu voltar para nos levar a um passeio de mil anos pelo espaço sideral. Aí sim, a fronteira final não mais existirá.[MB]