Estou dirigindo uma semana criacionista na Igreja Adventista do Sétimo Dia de Cerquilho, cidade que fica há pouco mais de 20 km de onde moro. As palestras são baseadas em meu livro A História da Vida e os membros da igreja fizeram um bom trabalho de divulgação. No sábado anterior ao início da série, o líder de jovens local, o designer Alexandre Rocha (da CPB), fez um apelo para que os membros convidassem amigos para assistir à série. Num tom de brincadeira, disse: “Convidem quem vocês encontrarem: pessoas interessadas no assunto, estudantes, colegas de trabalho; convidem até o prefeito.” Isso ficou na mente do diretor de fidelidade da igreja, o pernambucano Julião Bernardino Vasconcelos, ex-funcionário da Petrobrás que reside há quatro anos em Cerquilho. Convidar o prefeito... E os dias foram passando.
Na última terça-feira, um dia antes da palestra que eu apresentaria sobre dinossauros e o dilúvio, Julião ouviu claramente uma voz ecoando em seus pensamentos: “Convide o prefeito.” Ele achou aquilo estranho e pensou: “Eu nem sou desta cidade. Há outras pessoas que podem contatar o prefeito.” Mas a voz insistiu: “Convide o prefeito.” Ainda considerando a situação bastante estranha, Julião resolveu obedecer a essa convicção que se tornou bastante forte. Tomou um convite, colocou-o em um envelope e se dirigiu à prefeitura. “E se eu não for recebido? O que devo dizer para conseguir entrar no gabinete do prefeito?” Enquanto pensava nisso, de dentro do carro, Julião avistou o prefeito Paulo Roberto Pilon (foto acima) estacionando sua caminhonete no pátio da prefeitura. Pilon desceu do automóvel e começou a conversar com alguns homens, ainda no estacionamento. Era a chance de Julião.
“Com licença, senhor prefeito, o senhor me concede um minutinho?”, perguntou o adventista. Sorrindo, o administrador lhe estendeu a mão e teve início uma conversa animada entre os dois. Quando recebeu o convite, Pilon disse que não tinha compromisso para a noite seguinte e que iria à igreja. Julião se despediu, mas me confessou que naquele momento ainda não tinha certeza de que o prefeito iria. “Pensei que ele tivesse dito aquilo apenas por educação.”
No dia seguinte, Julião teve que viajar para São Paulo e teve um dia muito intenso e desgastante lá. Quando chegou em casa, estava tão cansado que pensou em não ir à igreja naquela noite. Mas novamente ouviu a voz em sua mente: “Nada de descanso, agora. Levante-se e vá à igreja. O prefeito estará lá.” Julião tomou um banho, se aprontou e foi. E, de fato, o prefeito já estava lá quando ele chegou!
Julião se sentou ao lado de Pilon que apreciou a programação e recebeu de presente um exemplar do meu livro.
Julião ouviu a voz de Deus e obedeceu. E você, tem dado ouvidos à voz do seu Criador?
Michelson Borges