sexta-feira, julho 22, 2011

Mutação em espermatozoide leva homens à infertilidade

A mutação do gene de uma proteína que recobre o espermatozoide poderia ser a causa de grande parte dos casos de infertilidade masculina, segundo um estudo publicado na revista Science Translational Medicine. A descoberta da alteração pode ser o primeiro passo para a criação de técnicas mais eficazes de tratamento. Cientistas da Universidade da Califórnia coletaram amostras de DNA de voluntários dos Estados Unidos, Reino Unido, China, Japão e África. Descobriu-se, então, que um quarto dos homens tem um gene defeituoso que afeta a proteína DEFB126 - encarregada de recobrir a superfície do espermatozoide e o ajudar a penetrar na mucosa do colo do útero da mulher. Os homens que têm essa variante da DEFB126 não apresentam a proteína beta defensina 126 (codificada pela DEFB126). Isso acaba por dificultar o processo pelo qual o esperma nada através da mucosa e eventualmente se une a um óvulo.

Segundo os cientistas, essa variação genética possivelmente é responsável por vários casos de infertilidade sem explicação até o momento. Ao examinar 500 casais chineses recém-casados, os cientistas descobriram que a falta do beta defensina 126 em homens com a mutação DEFB126 diminuiu a fertilidade em 30%. [...]

(Veja)

Nota: Se uma mutação em apenas um gene de uma proteína que recobre o espermatozoide já é capaz de comprometer a fertilidade, como é possível conceber a ideia de que sucessivas mutações aleatórias teriam dado origem a todo o complexo sistema reprodutivo, que depende da perfeita interação entre dois órgãos com funções distintas? Mutações sempre levam à perda, não ganho. Informação complexa e específica não surge pura e simplesmente; no máximo, é modificada.[MB]