terça-feira, julho 05, 2011

Teorias evolutivas anulam-se mutuamente

No ano de 2009, o professor de biologia Ken Miller (Universidade de Brown) escreveu no jornal New Scientist que “o problema não resolvido e mais profundo da biologia é a origem da vida em si.” Na verdade, não é um problema para a “biologia”, mas, sim, um problema para o preconceito antissobrenaturalista da teoria da evolução. E o problema não só não está resolvido dentro do paradigma evolutivo, como parece ser de resolução impossível através de processos estritamente naturais. Dois novos estudos alegam terem feito progressos na resolução do dilema. Ironicamente, e sem ser o seu propósito, eles cancelam-se mutuamente.

Escrevendo para a Proceedings of the National Academy of Sciences, uma equipe de pesquisa da Universidade da Carolina do Norte comparou o quão rápido certas reações bioquímicas essenciais ocorrem. Enzimas são pequenas máquinas biológicas que aceleram tais reações – às vezes por um fator superior a mil – de modo a tornar a vida celular possível. Sem enzimas, uma quantidade enorme de energia em forma de calor teria que ser adicionada de modo a executar as reações com a rapidez necessária para as células funcionarem.

Os pesquisadores observaram um padrão: quanto mais lenta a reação sem a enzima, mais sensível é a reação à temperatura. Em outras palavras, reações mais lentas podem ser grandemente aceleradas adicionando-se calor. A tendência reportada pode muito bem ser válida ou ser uma consequência de reações escolhidas a dedo. Assumindo que a tendência seja válida, os autores podem especular acerca da “evolução química primordial em ambiente quente”.

Presumivelmente, se a enzima não tivesse ainda “evoluído”, o calor poderia acelerar a reação o suficiente para fazer com que a vida subsistisse. Mas o artigo científico deixou de fora questões críticas sem resposta. Como é que as enzimas – que são máquinas minúsculas perfeitamente calibradas e ajustadas – poderiam ter “emergido” ou “aparecido” através de processos naturais? A mera necessidade evolutiva de uma máquina não é causa suficiente para a existência dela; mesmo assim, ainda precisa de um Designer.

Mas se se supõe que o calor pode ser o substituto de um processo de engenharia, então o caminho está desbravado. Infelizmente, para o naturalismo, isso nos conduz a outro problema insuperável para a origem da vida. Como indicado por uma edição de setembro de 2010 da Nature Communications, o aumento da temperatura decompõe bioquímicos vitais.

Os autores da Nature propuseram a ideia de que o gelo pode ter ajudado criando as condições necessárias para a replicação do RNA (ácido ribonucleico). Esse processo nunca observado foi imaginado como um percursor evolutivo possível para o que é realmente necessário todas as vezes que uma célula se divide: a replicação do DNA.

Eles escrevem: “O gelo não só promove a atividade de um RNA... mas também o protege da degradação hidrolítica.”

A “preservação hidrolítica” do frágil RNA e das outras biomoléculas é atrasada através do gelo precisamente porque há menos calor. O calor degrada o RNA rapidamente. Nem o calor nem o frio podem ajudar os químicos a tornarem-se seres vivos. As pesquisas naturalistas para a origem da vida estão tão desesperançadas hoje como nunca estiveram, especialmente porque o cenário da “sopa pré-biótica” foi abandonado.

Parece que a frase cativante “evolução pré-celular Darwiniana”, usada pelos autores do texto da Nature nada mais é do que a desacreditada “geração espontânea” com nova roupagem.

Conclusão: os dados das pesquisas em torno da origem apontam todos numa direção: a natureza por si só não é suficientemente capaz de gerar as condições, a maquinaria, a informação e os químicos das células vivas. A solução tem, portanto, que residir fora da natureza. Essa inferência científica não só está bem suportada pelas evidências observáveis, como, sem surpresa alguma, está de acordo com a Bíblia que diz: “Porque nEe foram criadas todas as coisas que há, nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades: tudo foi criado por Ele e para Ele” (Colossenses 1:16).

Os evolucionistas agora tem que fazer uma escolha: ou se colocam do lado da ciência e da Palavra de Deus, ou se colocam do lado da teoria da evolução. Eles, que se gabam de aceitar o que a “ciência” demonstra, deveriam tomar partido pela primeira hipótese, mas como a fé evolucionista não depende do que a ciência revela, eles vão continuar a procura das forças naturais que sejam capazes de gerar a vida na Terra.

(Darwinismo)