terça-feira, julho 05, 2011

Fêmea trai por causa de genes herdados do pai

Saber o motivo de as fêmeas traírem seus parceiros monogâmicos sempre foi um mistério da biologia; já é consenso antigo o porquê de os machos pularem a cerca. Machos que traem produzem mais filhotes. Fêmeas traidoras continuam tendo o mesmo número de crias, mas correm o risco de doenças sexualmente transmitidas e de perder a ajuda do parceiro no cuidado dos filhotes. Um estudo de oito anos com cerca de 1.500 passarinhos mandarim ou diamante-mandarim (Taeniopygia guttata), de uma espécie monogâmica, mas com uma cota de promíscuos, descobriu o possível segredo por trás da infidelidade feminina. Fêmeas traem porque têm “genes da traição” herdados de pais promíscuos. O estudo foi realizado por Wolfgang Forstmeier, Katrin Martin, Elisabeth Bolund, Holger Schielzeth e Bart Kempenaers, todos do Instituto Max Planck para Ornitologia, de Seewiesen, Alemanha, e publicado na revista científica americana PNAS.

A equipe monitorou o comportamento de cinco gerações dos mandarins; filmaram milhares de cenas de “sedução” aviária, descobriram “quem traía com quem”, checaram o DNA dos filhotes. Resultado: os machos que tinham seus haréns produziram bem mais filhotes. E suas irmãs e filhas também tinham maiores chances de serem promíscuas. As conclusões da equipe teriam também uma aplicação para o ser humano.

“Nós não sabemos quais genes estão envolvidos, e deve haver centenas deles. Infidelidade é um traço muito complexo que depende de uma grande coleção de traços de personalidade, como extroversão, timidez e excitação sexual, e em seres humanos também de genes para atitudes morais”, disse Forstmeier, o líder da pesquisa.

“Pode parecer estranho pensar que cada um desses traços de personalidade vai ser influenciado pelos genes que alguém carrega, mas isso deve ser verdade. Basta ver como são semelhantes gêmeos idênticos e quão pouco filhos adotivos se parecem um com o outro.”

(BOL Notícias)

Nota: A esperança do cristão reside em promessas como esta: “Sejam quais forem nossas tendências herdadas ou cultivadas para o erro, podemos vencer, mediante o poder que Ele nos está disposto a comunicar” (Ellen White, A Ciência do Bom Viver, p. 176). Uma vez que tenha se submetido ao poder de Deus, a pessoa rompe com a “cadeia genética” que a escraviza a tendências negativas. Muitas gerações podem ser física, mental e espiritualmente beneficiadas pelas decisões que tomamos hoje.[MB]