quinta-feira, janeiro 03, 2013

A banalização do sexo e suas consequências

A liberação sexual em curso no século 21 é única na história da humanidade. Pessoas de todas as idades e classes sociais têm acesso a uma quantidade cavalar de informações sobre o assunto – e à prática propriamente dita. Como reflexos dessa realidade, podemos perceber algumas importantes tendências, como a gradativa redução da idade para a iniciação sexual e a descoberta, pelas mulheres, de que o prazer pode ser desvinculado do compromisso afetivo. [...] 

Os jovens estão se expondo ao sexo cada vez mais cedo. O ato sexual, muitas vezes explícito, está ao alcance dos olhos de qualquer um por toda a parte: na internet, na TV, no cinema, nas revistas, nos outdoors espalhados pelas ruas. Com isso, o sexo está se banalizando. “A pornografia de hoje é muito mais vulgar do que era há 30 anos. Não existe senso de humor, não existe aquela transgressão de testar os limites da sociedade, porque atualmente não existem mais esses limites”, diz a jornalista americana Dian Hanson, autora da enciclopédia History of Men’s Magazine (Taschen Books, 2004). 

Instrumento facilitador para quase todas as evoluções do mundo moderno, a internet está ajudando a vulgarizar o ato sexual. Sites de sexo explícito abundam em toda a rede, enquanto a onda de blogs e fotologs atiça a sanha tanto dos que gostam de observar como dos que adoram se exibir. [...] 

Alguns desses fotologs mostram garotas adolescentes beijando e se relacionando com suas amigas. Dizem ser bissexuais, embora gostem mais de meninos. A psicóloga Cláudia Barrozo, do Núcleo de Psicodrama de Goiânia, diz que esse “fenômeno” pode ter sido despertado, principalmente, pela mídia. “A TV, por exemplo, dita as novidades, lança a ideia para que as pessoas discutam e, quando isso não acontece, elas apenas reproduzem aquele comportamento. O ponto principal é perguntar: Existe um espaço de discussão nas famílias?”, questiona a psicologa. [...]