Por
“boa ciência” geralmente se entendem aquelas pesquisas feitas com bastante
rigor e que fornecem dados experimentais sólidos, reconhecidos por outros
pesquisadores da área e divulgados em publicações científicas. Os
evolucionistas geralmente acusam os criacionistas de não fazer “boa ciência” e
de “parasitar” os dados obtidos em pesquisas de “cientistas darwinistas”.
Ignoram (deliberadamente?) que praticamente não existe verba para pesquisas que
tenham viés criacionista e que é forte o preconceito contra cientistas que
pensam de modo diferente do mainstream
acadêmico. O 7º Encontro de Criacionistas, realizado no Unasp, campus São
Paulo, entre os dias 17 e 20 de janeiro, serviu para mostrar que esse
preconceito é infundado. Entre os palestrantes, estavam os cientistas
adventistas Arthur Chadwick (biólogo e paleontólogo) e Leonard Brand (doutor em
biologia evolutiva pela Cornell University). Ambos apresentaram
relatórios interessantes de suas pesquisas de campo (o Dr. Chadwick
praticamente “morou” por dez anos no Grand Canyon e hoje realiza pesquisas
sobre fósseis de dinossauros no Wyoming [confira aqui]).
Entre
os palestrantes brasileiros estavam os Drs. Marcos Eberlin (químico da Unicamp), Nahor Neves de Souza Jr. (geólogo do Unasp) e Eduardo Lutz (astrofísico),
entre outros.
Lamentavelmente,
embora o evento tenha sido divulgado dentro e fora da Igreja Adventista, não
havia sequer um evolucionista entre os cerca de 200 participantes de todo o
país (e se havia, não quis se manifestar para ganhar um livro de presente). No
6º Encontro (me lembro bem), um repórter da Folha
de S. Paulo participou anonimamente do evento, sem entrevistar sequer um
palestrante ou a equipe organizadora.
Seria
bom que muito mais gente tivesse visto e ouvido o que nós vimos e ouvimos.
Seria bom que muito mais professores e estudantes da rede adventista de educação
tivessem estado lá, a fim de ampliar seus conhecimentos. Seria bom que mais
membros de igreja compreendessem a importância do criacionismo no contexto
atual em que o secularismo e o relativismo crescem em nossa sociedade. E seria
bom que os evolucionistas se dessem pelo menos ao trabalho de ouvir o que
nossos cientistas têm a dizer.
Na
edição de março da Revista Adventista,
publicarei uma reportagem com mais detalhes sobre o evento. Antes disso, não se
esqueça do evento on-line de fevereiro e de que em maio o Unasp campus Engenheiro Coelho sediará
um simpósio universitário sobre criacionismo.
Os
artigos dos palestrantes podem ser lidos aqui. E
abaixo estão algumas fotos do encontro em São Paulo.
Michelson Borges
Público presente no sábado
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