sexta-feira, janeiro 25, 2013

Os nove pilares da teoria da evolução biológica

1. Em longo prazo, todos os seres vivos derivam, por transformações sucessivas, de seres vivos antecessores que deles eram diferentes.

2. Trata-se de um processo dotado da mais ampla continuidade e, por isso, todos os seres vivos guardam, entre si, certo grau de relacionamento evolutivo.

3. Esse processo teve início com o surgimento da vida a partir de matéria não viva (inorgânica).

4. A evolução é tanto um fenômeno do passado quanto do presente; tudo leva a crer que será também um fenômeno do futuro.

5. As causas desse processo são hoje as mesmas que atuaram no passado mais longínquo.

6. A mutação e a seleção natural representam os fatores mais importantes de toda a evolução.

7. O processo evolutivo se deve às mesmas causas em todos os seus níveis – da mais elementar variação das frequências gênicas (microevolução) à origem das mais altas categorias sistemáticas (megaevolução). Isso significa que as mesmas causas provocam as diferenciações em nível de raça, espécie, gênero, etc., como de reino, filo, classe, ordem, etc.

8. A evolução é, em geral, lenta, gradual e contínua.

9. A evolução não realiza um projeto; é ateleológica. Nada estava previsto em seu curso. As direções da evolução são mero resultado da interação entre o acaso (mutação) e a necessidade (seleção natural).

Minha pergunta: Quanto disso é verdadeiramente científico, admitindo-se a priori que, por científico, entende-se aquilo que está testado e comprovado?

O próprio autor no texto, responde:

“Não há um item sequer da lista acima de nove pontos que esteja provado.” E, com espetacular franqueza (e honestidade intelectual), ele continua: “Eu, por exemplo, apesar de aceitar a Teoria Geral da Evolução (1 a 4), nada sei sobre o item 5, duvido muito do 6, acho que o 7 deve estar errado, creio que o 8 não é geral e nego totalmente o 9.”

(Newton Freire Maia, A Ciência por Dentro, Editora Vozes: Petrópolis, RJ; colaboração: Prof. Euler Bahia, reitor do Unasp)