2. Trata-se de um
processo dotado da mais ampla continuidade e, por isso, todos os seres vivos
guardam, entre si, certo grau de relacionamento evolutivo.
3. Esse processo teve
início com o surgimento da vida a partir de matéria não viva (inorgânica).
4. A evolução é tanto
um fenômeno do passado quanto do presente; tudo leva a crer que será também um
fenômeno do futuro.
5. As causas desse
processo são hoje as mesmas que atuaram no passado mais longínquo.
6. A mutação e a
seleção natural representam os fatores mais importantes de toda a evolução.
7. O processo evolutivo
se deve às mesmas causas em todos os seus níveis – da mais elementar variação
das frequências gênicas (microevolução) à origem das mais altas categorias
sistemáticas (megaevolução). Isso significa que as mesmas causas provocam as
diferenciações em nível de raça, espécie, gênero, etc., como de reino, filo,
classe, ordem, etc.
8. A evolução é, em
geral, lenta, gradual e contínua.
9. A evolução não
realiza um projeto; é ateleológica. Nada estava previsto em seu curso. As
direções da evolução são mero resultado da interação entre o acaso (mutação) e
a necessidade (seleção natural).
Minha pergunta: Quanto
disso é verdadeiramente científico, admitindo-se a priori que, por científico, entende-se aquilo que está testado e
comprovado?
O próprio autor no
texto, responde:
“Não há um item sequer
da lista acima de nove pontos que esteja provado.” E, com espetacular franqueza
(e honestidade intelectual), ele continua: “Eu, por exemplo, apesar de aceitar
a Teoria Geral da Evolução (1 a 4), nada sei sobre o item 5, duvido muito do 6,
acho que o 7 deve estar errado, creio que o 8 não é geral e nego totalmente o 9.”
(Newton
Freire Maia, A Ciência por Dentro, Editora Vozes: Petrópolis, RJ; colaboração:
Prof. Euler Bahia, reitor do Unasp)