Autor
de um projeto de lei que legaliza a prostituição, o deputado Jean Wyllys
(PSOL-RJ) afirmou que 60% dos homens do Congresso usam os serviços de
prostitutas. A declaração de Wyllys, homossexual assumido, foi feita em
entrevista ao portal iG, ao avaliar qual seria a chance de sua proposta ser
aprovada, uma vez que o tema é tabu para a maioria dos deputados. “Eu diria que
60% da população masculina do Congresso Nacional faz uso dos serviços das
prostitutas, então acho que esses caras vão querer fazer uso desse serviço em
ambientes mais seguros”, disse. A frase não foi bem recebida por representantes
da bancada evangélica, que pretendem trabalhar pelo arquivamento da proposta.
Se ele [Wyllys] sabe quem faz isso, por uma questão de responsabilidade eu o
desafio a dizer os nomes dos deputados que vão aos prostíbulos”, disse o
deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), vice-presidente da Frente Parlamentar
Evangélica.
O
projeto de Wyllys prevê que será considerada profissional do sexo toda pessoa
maior de 18 anos e absolutamente capaz que voluntariamente presta serviços
sexuais mediante remuneração. Segundo o texto, os profissionais poderão atuar
de forma autônoma ou em cooperativa e terão direito a aposentadoria especial
com 25 anos de serviço.
Na
proposta, o parlamentar também diferencia a prostituição da exploração sexual. “É
de um moralismo superficial causador de injustiças a negação de direitos aos
profissionais cuja existência nunca deixou de ser fomentada pela própria
sociedade que a condena”, afirmou o deputado, que não foi localizado pela Folha ontem.
Proposta
similar foi apresentada pelo ex-deputado Fernando Gabeira em 2003. Após pressão
de integrantes de setores conservadores da Casa, ela teve como destino o
arquivo.
Nota: Se
Wyllys tiver razão (e a podridão não é exclusividade dos parlamentares, confira), esse é um raio x dos homens que elaboram as leis desta nação. Além dos
descalabros administrativos, há que se levar em conta, também, a (i)moralidade
deles. O que esperar deste país? Aproveite e assine a petição pública contra a
absurda legalização da prostituição (saiba mais aqui).[MB]