[Breves
comentários entre colchetes. – MB] Biólogos se referem à mão humana como uma
maravilha da evolução [sic], que fornece destreza à nossa espécie para executar
atividades tão diversas quando assentar tijolos, escrever, jogar hóquei e
executar cirurgias cerebrais. Mas quais foram as forças que, com o passar dos
milênios, esculpiram nossa mão na forma que ela tem hoje? Seria a necessidade
de pegar e usar ferramentas primitivas como supõem muitos especialistas? Para
apanhar frutas? Agora, um novo conceito surgiu: a mão evoluiu de forma a criar
punhos para que pudéssemos lutar contra outros humanos. “O papel que a agressão desempenhou na nossa evolução não foi estimado
adequadamente”, disse David Carrier, professor da Universidade de Utah, que
promove a nova teoria juntamente com o colega Michael Morgan [parabéns a eles!
Conseguiram exposição na mídia]. “Há pessoas que não gostam dessa ideia, mas
está claro que em comparação com outros mamíferos, os grandes símios são um
grupo relativamente agressivo, com muita luta e violência, e isso nos inclui”,
afirmou. Somos inclinados à violência”, afirmou.
Em um estudo publicado [na] quarta-feira no Journal of Experimental Biology, a dupla de cientistas disse que sua teoria é suportada por modelos e experimentos em biomecânica [ou seja, partem de dados computacionais e matemáticos e concluem que a vida se comporta do mesmo jeito; quem não soubesse que o gorila é vegetariano e somente conhecesse seus fósseis, concluiria que as grandes presas dele serviam para dilacerar carne; nada mais falso].
Os modernos chimpanzés - nossos parentes primatas mais próximos [sic] - têm palmas longas e dedos com um polegar curto, enquanto os humanos têm a palma e os dedos muito menores do que o polegar, mais longo e forte. Essa configuração robusta significa que somos capazes de juntar nossos dedos e formar um punho, dobrando o polegar sobre as articulações [na verdade, significa muito mais coisas; somos capazes de muitos trabalhos manuais impossíveis aos símios]. Ao fazer isso, o polegar fornece rigidez ao punho e protege a mão de danos durante o combate, argumentam Carrier e Morgan.
Os dedos dos chimpanzés, ao contrário, têm o formato de uma rosquinha aberta quando dobrados.
Para chegar a essas conclusões, primeiro os cientistas pediram a lutadores de artes marciais para golpear um saco de pancadas, que mediu a força de seus tapas e socos. Eles ficaram surpresos ao constatar que o soco não tinha mais força por golpe do que o tapa.
Então, os cientistas fizeram outro experimento. Pediram aos mesmos voluntários que executassem variações na forma do punho - a tradicional e duas em que o polegar ficou estendido para os lados -, pressionando a junta do punho do dedo indicador contra um dispositivo denominado transdutor de força.
Os pesquisadores descobriram que ao dobrar o polegar sob o dedo, eles conseguiram o dobro da força do golpe executado com o polegar estendido para os lados. A razão é que o impulso é direcionado diretamente no alvo através dos ossos do polegar e do dedo indicador.
Além disso, ter um polegar como sustentação significa que a junta da articulação é quatro vezes mais rígida, protegendo os delicados ossos das mãos e ligamentos de lesões.
Os autores concordam que a destreza manual é um motivador maior na evolução da mão, mas argumentam que a agressão também a favoreceu. Os primeiros humanos que adquiriram a habilidade de fazer punhos devem ter tido uma clara vantagem na disputa por recursos, explicou Carrier.
(UOL)
Em um estudo publicado [na] quarta-feira no Journal of Experimental Biology, a dupla de cientistas disse que sua teoria é suportada por modelos e experimentos em biomecânica [ou seja, partem de dados computacionais e matemáticos e concluem que a vida se comporta do mesmo jeito; quem não soubesse que o gorila é vegetariano e somente conhecesse seus fósseis, concluiria que as grandes presas dele serviam para dilacerar carne; nada mais falso].
Os modernos chimpanzés - nossos parentes primatas mais próximos [sic] - têm palmas longas e dedos com um polegar curto, enquanto os humanos têm a palma e os dedos muito menores do que o polegar, mais longo e forte. Essa configuração robusta significa que somos capazes de juntar nossos dedos e formar um punho, dobrando o polegar sobre as articulações [na verdade, significa muito mais coisas; somos capazes de muitos trabalhos manuais impossíveis aos símios]. Ao fazer isso, o polegar fornece rigidez ao punho e protege a mão de danos durante o combate, argumentam Carrier e Morgan.
Os dedos dos chimpanzés, ao contrário, têm o formato de uma rosquinha aberta quando dobrados.
Para chegar a essas conclusões, primeiro os cientistas pediram a lutadores de artes marciais para golpear um saco de pancadas, que mediu a força de seus tapas e socos. Eles ficaram surpresos ao constatar que o soco não tinha mais força por golpe do que o tapa.
Então, os cientistas fizeram outro experimento. Pediram aos mesmos voluntários que executassem variações na forma do punho - a tradicional e duas em que o polegar ficou estendido para os lados -, pressionando a junta do punho do dedo indicador contra um dispositivo denominado transdutor de força.
Os pesquisadores descobriram que ao dobrar o polegar sob o dedo, eles conseguiram o dobro da força do golpe executado com o polegar estendido para os lados. A razão é que o impulso é direcionado diretamente no alvo através dos ossos do polegar e do dedo indicador.
Além disso, ter um polegar como sustentação significa que a junta da articulação é quatro vezes mais rígida, protegendo os delicados ossos das mãos e ligamentos de lesões.
Os autores concordam que a destreza manual é um motivador maior na evolução da mão, mas argumentam que a agressão também a favoreceu. Os primeiros humanos que adquiriram a habilidade de fazer punhos devem ter tido uma clara vantagem na disputa por recursos, explicou Carrier.
(UOL)
Nota: Aguardemos a próxima “explicação” para o
“surgimento” da mão.[MB]