quarta-feira, abril 01, 2015

A teoria do Big Bang pode ser extinta

Modelo vem sendo questionado
A teoria do Big Bang, de que o Universo começou a partir de um ponto extremamente denso e que, ao explodir, criou o cosmos em expansão que conhecemos está prestes a, com o perdão do trocadilho, entrar em colapso. Criada em 1931, a teoria afirma que essa explosão se deu a 13,7 bilhões de anos atrás. O problema é que estamos descobrindo que esse tempo é insuficiente para explicar a formação atual do Universo. Um exemplo? Pesquisadores descobriram o SDSS J0100+2802, um quasar que contém um buraco negro com uma massa de 12 bilhões de sóis e que seria 900 milhões de anos mais jovem do que o Big Bang. O problema é que buracos negros demoram bastante até acumular massa - e 900 milhões de anos não seria tempo suficiente para que este se formasse. Será que ele é mais antigo do que o período estimado do Big Bang? Astrônomos já descobriram mais de 200 mil quasars - e esperam que, entre eles, existam mais ocorrências como o SDSS J0100+2802.

Outro exemplo é a poeira feita de elementos pesados em uma galáxia que seria apenas 700 milhões de anos mais nova que o Big Bang. Esses elementos se formam quando uma estrela se aproxima do final de sua vida, processo que demora bilhões de anos. Mais um caso de elementos mais velhos do que o início do Universo?

Então como explicar o início de... tudo? De acordo com este artigo (escrito por Rick Rosner) a teoria que subistituirá o Big Bang irá tratar o Universo como um processador de informação. O Universo é feito de informação e usa esses dados para se definir. Tanto a mecânica quântica como a relatividade pertencem às interações da informação e a teoria que uni-las será baseada nisso.

“O Big Bang não descreve um Universo capaz de processar informações. Processadores não explodem após um cálculo. Você não joga seu smartphone fora depois de mandar uma única mensagem. O Universo verdadeiro se recicla através de pequenas explosões, iluminando galáxias velhas que funcionam como memória quando necessário”, afirma.


Nota: Pelo jeito, podem abandonar uma teoria antiga para trocá-la por uma ainda mais mirabolante. “Processador de informação”?! Um universo que se “recicla” por meio de pequenas explosões? E cada uma dessas explosões (com potencial para criar caos, como toda explosão) traria à existência um universo ordenado? E a origem da informação que será “processada”, alguém pensou nisso? Informação pode surgir por si só? E como explicar esse universo cíclico que alternaria períodos de ordem com períodos de desordem? O que faria reverter a entropia, uma vez alcançada? A matéria seria eterna? De onde vieram as partículas e a energia que compõem o Universo? Pelo menos os dados discrepantes estão fazendo com que os cosmólogos cogitem abandonar um modelo insuficiente, mesmo que tenha sido “vendido” como verdade por décadas (milhões de livros terão que ser reescritos). Em pior situação estão os defensores da evolução biológica, que veem dados discrepantes, insuficiências epistêmicas, e não têm coragem de sequer cogitar a hipótese de que seu modelo macroevolutivo esteja errado. Muitos biólogos estão conscientes da tremenda dificuldade em explicar a origem da vida a partir da não vida. Sabem que mesmo em supostos 4,5 bilhões de anos isso seria impossível. Abandonam o modelo, como alguns querem fazer com o Big Bang? Nada disso. Salvam a teoria dos fatos e chegam até a afirmar que a vida pode/deve ter vindo do espaço, já que na Terra não haveria tempo suficiente nem condições adequadas. Pra encerrar: Será que ninguém vai cogitar a possibilidade de que o Universo simplesmente tenha sido criado? A aparência de um Universo “maduro” há mais de 13 bilhões de anos pode ser comparada à aparência de Adão, já adulto, embora tivesse sido criado poucos instantes antes. [MB]