Revelações de Rosane Collor |
Em
uma entrevista reveladora, Rosane Collor contou a Reinaldo Gottino,
apresentador do “Balanço Geral”, da Record, detalhes sobre a vida ao lado do
presidente Fernando Collor de Mello. Na matéria, exibida [na] quinta-feira, ela
garante que, depois de 22 anos com Collor, saiu do casamento sem nada, passou
por várias humilhações e enfrentou um aborto após se submeter a um tratamento
de fertilização assistida com Roger Abdelmassih. Além disso, ela revela
rituais de magia negra que fizeram parte da vida do casal, inclusive contra
Silvio Santos. Leia trechos do bate papo a seguir: “Logo
depois que me casei, ele (Fernando Collor de Mello) resolveu me levar para um
pai de santo. Quando casei com ele, ele disse que era proteção. Ele dizia: ‘Não
se preocupe, não é nada para prejudicar.’ Com o tempo, pelo menos uma vez por
mês, ele fazia uns trabalhos. Até a época do governo de Alagoas, era muito
pouco. Aí, depois, ele começou a acreditar em uma mãe de santo e começou a
fazer trabalhos. Eu não gostava, me sentia mal. No começo, era matança de galinhas,
coisas pequenas. Depois, começamos a ir a Arapiraca, e os trabalhos eram com
animais pesados.”
“Até
a chegada à presidência, deu tudo certo (com os rituais). Inclusive, saiu a
foto da mãe de santo subindo a rampa do Planalto ao lado do Fernando (na posse).
Depois, ele começou a deixar a mãe de santo de lado porque estava pedindo
coisas que não estavam acontecendo.”
“A
gente foi a Belo Horizonte falar com o Marcos Coimbra, da Vox Populi, e ele
disse que só tinha uma pessoa que iria atrapalhar a chegada de Fernando à
presidência: o Silvio Santos. Foi pedido um trabalho para Silvio Santos não ser
candidato à presidência da República. No caso da mãe Cecília, ela fazia
trabalho para todos. O objetivo era Fernando chegar à presidência da República.”
(Em novembro de 1989, com a campanha eleitoral para a Presidência do Brasil já
em andamento, Silvio tentou ser candidato pelo pequeno Partido Municipalista
Brasileiro, mas, a alguns dias da eleição, o registro de candidatura foi
impugnado pelo Tribunal Superior Eleitoral, por irregularidades.)
“Fiz
um tratamento e consegui engravidar com o doutor Roger Abdelmassih. Estava
grávida de três meses e fiquei com medo de viajar, mas o Fernando insistiu. Fui
para Maceió, foi só um dia de trabalho. No pouso de volta a Brasília, teve uma
pane, comecei a sangrar. Liguei para o doutor Roger esperando para vir a São
Paulo. Depois de 15 dias, naturalmente, eu abortei.”
“Frequentava
a casa do doutor Roger e ele frequentava a casa de vários amigos meus. Quantas
mulheres como eu sonhavam em ser mãe e ele fazia isso.”
“A
descida da rampa (após o Impeachment)
foi difícil, o pior momento. Mas acho que o amei mais quando ele não tinha nada
do que quando ele tinha tudo.”
(O Dia)
Nota:
O diabo dá, mas depois tira. O amigo Marco Dourado partilhou comigo uma lembrança dos seus tempos de UnB: "Essa universidade se localiza na periferia lateral da avenida L2 Norte, altura das quadras de final 6. Umas três ou quatro quadras antes, havia - não sei se ainda há -, um terreiro de umbanda. Todos os ônibus que servem a região passam pelo local. Certa vez, ouvi um motorista comentar com o cobrador: 'De dia, não se dá nada por esse casebre mixuruca, mas chegando perto da meia-noite o lugar fica lotado dos carros mais luxuosos que você imaginar, a maioria chapa-branca.' (O sistema de placas que vigorou no Brasil até final dos anos 80 reservava as chapas de cor branca para veículos oficiais.) Pelo que tenho ouvido, não me parece irrazoável acreditar que não só pessoas anônimas recorrem regularmente ao ocultismo. Essa predileção também abrange políticos, artistas, celebridades, esportistas e empresários. Ironicamente, um parente meu costuma chamar o Brasil de 'Pátria do Evangelho'." [MB]