domingo, abril 26, 2015

DSTs afetam a fertilidade feminina

Atitudes impensadas estragam o futuro
O número de jovens infectados vem aumentando e pode prejudicar possibilidade de gestação

Os jovens brasileiros estão recebendo cada vez mais informações em relação às formas de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Segundo uma pesquisa do Ministério da Saúde, realizado em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e com apoio do Ministério da Educação, 89,1% dos adolescentes dizem ter recebido algum tipo de orientação sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e 69,7% dos entrevistados sabiam que é possível adquirir preservativos gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). 

No entanto, mesmo com a informação em mãos, a população mais atingida pelas DST é formada por jovens em idade reprodutiva. Ocorrem, no mundo, cerca de 340 milhões de casos de DST por ano, dos quais mais de 10 milhões estão no Brasil. Consideradas como um dos problemas de saúde pública mais comuns em todo o mundo, algumas dessas infecções (causadas por vírus, fungos, protozoários e bactérias) afetam significativamente a saúde sexual e reprodutiva feminina, principalmente quando não tratadas. Dentre essas doenças se destaca a clamídia, a DST mais prevalente no mundo. Entre as principais consequências, é possível ressaltar a gravidez ectópica e a infertilidade.

As doenças sexualmente transmissíveis estão entre as principais causas de busca por assistência no mundo, com grandes consequências econômicas, sociais e sanitárias. O problema é que muitas vezes essas infecções são silenciosas. Algumas dessas doenças afetam significativamente a saúde sexual e reprodutiva feminina e tornam o organismo mais vulnerável a outras doenças. 

Usar preservativos em todas as relações sexuais é o método mais eficaz para a redução do risco de transmissão das DST [isso não é bem verdade e já digo por quê]. Além de prevenir contra doenças, ele ajuda a manter a mulher saudável do ponto de vista reprodutivo. No caso de infertilidade, as infecções que mais podem afetar são aquelas que atuam sobre as tubas uterinas, estrutura que transporta o espermatozoide ao óvulo e leva o embrião ao útero. 

Algumas bactérias mais agressivas provocam uma Doença Inflamatória Pélvica (DIP), causando dilatação e posterior obstrução tubária. Entre as mais frequentes estão a bactéria gonococo (causadora da gonorreia) e a clamídia, que pode ser totalmente assintomática e obstruir as tubas. 

A boa notícia é que grande parte das DST tem tratamento [e as outras tantas que não têm cura?] e, se descoberta ainda no início, não costuma ter graves consequências. A melhor forma de detectar se você se contaminou é, no caso de uma relação desprotegida, procurar o seu médico. Faça isso o mais rápido possível para que a doença seja tratada logo no início e não acabe ou adie o seu sonho de ser mãe. 


Nota: Já disse algumas vezes aqui e repito: o único sexo realmente seguro é aquele em que o casal se mantém virgem até o casamento e pratica, dali por diante, o sexo nesse contexto (monogâmico, heterossexual e fiel). Aí não haverá nada para se temer. Preservativos podem ajudar a proteger, mas não totalmente. O HPV, por exemplo, pode ser transmitido pelo contato da pele das áreas íntimas, mesmo com o uso da camisinha. E ainda não inventaram preservativo para o cérebro e os sentimentos. O sexo deixa profundas marcas emocionais e mesmo neurológicas em seus praticantes. Por isso, é preciso que exista uma relação de compromisso, amor e fidelidade, para que esse poderoso elo entre um homem e uma mulher seja uma bênção e não uma maldição. Os que dão rédeas soltas a seus desejos hoje podem estar estragando um futuro de prazer real e puro. Além de se arriscar a perder a capacidade de gerar filhos, por conta de memórias e experiências prévias, podem prejudicar o casamento mesmo. [MB]