terça-feira, abril 28, 2015

Mais dois exemplos em que a ciência imita o “acaso”

Pesquisadores e cientistas evolucionistas vivem afirmando que não existe design inteligente na natureza, e que tudo o que observamos é resultado de acaso, evolução cega e seleção natural. No entanto, esses mesmos pesquisadores utilizam muita Inteligência e tecnologia e gastam somas enormes de dinheiro para copiar – sim, apenas copiar – as maravilhas da natureza. Para copiar é necessária inteligência (e muita!), mas o original dispensa a inteligência? Veja a seguir mais dois exemplos dessa incoerência:

Imitando a natureza
Grande avanço na fotossíntese artificial

Pesquisadores desenvolveram um sistema híbrido formado por uma floresta de nanofios semicondutores e bactérias que, atuando em conjunto, imitam o processo fotossintético natural pelo qual as plantas usam a energia do Sol para sintetizar carboidratos a partir do dióxido de carbono (CO2) e da água. E com uma grande vantagem: esse sistema de fotossíntese artificial sintetiza dióxido de carbono e água em acetato, o elemento mais comum em uso hoje para a biossíntese. Isso está sendo considerado um avanço significativo no campo da fotossíntese artificial porque o sistema pode capturar as emissões de dióxido de carbono antes que elas sejam lançadas na atmosfera e, em seguida, alimentado por energia solar, converter o CO2 em produtos químicos importantes, incluindo plásticos biodegradáveis, precursores de medicamentos e até mesmo combustíveis líquidos.

“Acreditamos que o nosso sistema é um salto revolucionário no campo da fotossíntese artificial. Nosso sistema tem o potencial de fundamentalmente mudar a indústria química e do petróleo, na medida que podemos produzir produtos químicos e combustíveis de uma forma totalmente renovável, em vez de extraí-los do subsolo”, entusiasma-se o professor Peidong Yang, dos Laboratórios Berkeley, nos Estados Unidos.

“Na fotossíntese natural, as folhas capturam a energia solar e o dióxido de carbono é reduzido e combinado com água para a síntese de produtos moleculares que formam a biomassa”, explica Christopher Chang, outro membro da equipe. “No nosso sistema, os nanofios coletam a energia solar e liberam os elétrons para as bactérias, onde o dióxido de carbono é reduzido e combinado com água para a síntese de uma variedade de produtos químicos específicos e de alto valor agregado”, completou.

A abordagem usada pela equipe é vista como promissora para vários campos: as células solares de nanofios estão entre as recordistas em termos de eficiência. Além disso, esses nanofios podem ser usados como “antenas” para capturar a energia solar. Enquanto isso, a junção de bactérias com nanopartículas promete viabilizar a criação de “materiais vivos”, que poderão ser adaptados para vários usos.

Combinando matrizes de nanofios biocompatíveis com um grupo restrito de bactérias (Sporomusa ovata e E. coli geneticamente modificadas para sintetizar produtos químicos selecionados), o novo sistema de fotossíntese artificial oferece uma abordagem absolutamente benéfica para o meio ambiente: a energia solar “verde” evita que o dióxido de carbono seja liberado na atmosfera e ainda o transforma em produtos químicos que precisariam de mais petróleo e gás natural para serem produzidos.

O desafio da equipe agora é otimizar o rendimento do sistema e ampliá-lo para a produção de quantidades de produtos químicos industrialmente significativas.


Nanotecnologia de ponta
Telas à prova de reflexo estão mais próximas graças a asa de borboleta

Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Karlsruhe, na Alemanha, publicaram recentemente um estudo que pode levar à criação de telas antirreflexo em smartphones, monitores e tablets. Em seu trabalho, os pesquisadores analisam as asas da borboleta Greta oro, comum na América Central, conhecida popularmente como “Glasswing Butterfly” (borboleta asa de vidro). O apelido é motivado pelas asas transparentes do inseto. Segundo o estudo, as asas da borboleta refletem apenas 2% a 5% das luz que incide sobre elas; o vidro, para comparação, reflete de 8% a 100%, dependendo do ângulo de visualização.

Os pesquisadores descobriram que esse efeito provém de estruturas nanomoleculares presentes nas asas do inseto. Usando um microscópio eletrônico, eles conseguiram perceber que quanto mais aleatórias fossem as alturas dessas estruturas, menos luz era refletida pelas asas. Esse fenômeno é vital para a borboleta, pois a ajuda a escapar do campo de visão de seus predadores. Veja abaixo uma fotografia dessas nanoestruturas:


Em simulações, os autores do estudo conseguiram modelar a estrutura irregular das asas da borboleta. A estrutura resultante, além de refletir pouca luz, também era hidrófoba (repelia água) e se mantinha limpa. A equipe pretende continuar pesquisando para reproduzir o efeito de maneira sintética, pois acredita que ele pode ter aplicações práticas em situações que se beneficiem de superfícies com baixo índice de reflexão de luz.