domingo, abril 05, 2015

Novas descobertas deixam os astrônomos confusos

É preciso reavaliar as hipóteses
Algumas décadas atrás, os astrônomos eram bastante confiantes sobre a formação de planetas no Universo [e sobre o Big Bang também]. Com base em nosso próprio sistema solar, eles pensavam que planetas pequenos e rochosos se formavam perto de sua estrela-mãe e os planetas maiores e gasosos, ou cobertos de gelo, se desenvolviam em lugares um pouco mais afastados. Nos últimos 20 anos, descobrimos planetas que nunca pensávamos que seriam possíveis de existir. Então, quando eles começaram a encontrar esses planetas, ficaram perplexos e confusos: Será que todas as teorias vigentes estariam erradas? Por exemplo, alguns planetas foram descobertos tão perto de sua estrela que a orbitam completamente em apenas alguns dias, e ainda, avaliando sua densidade, os estudos mostram que eles seriam feitos de gelo. Outros planetas rochosos foram encontrados com um tamanho gigantesco, contrariando todos os estudos anteriores.

Pensava-se que, à medida que a estrela central gira, o material circundante se movia também e era aquecido. Essa matéria, então, se unia a outros materiais com alto ponto de fusão como ferro e rochas, que são formados mais próximos do Sol. Quanto mais distante no sistema, mais frio o planeta, permitindo a formação de gelo ou o acúmulo de gás nas proximidades, tornando-se “gigantes gasosos”, como Júpiter e Saturno.

Por que, então, encontramos sistemas onde há gigantes de gás orbitando a um décimo da distância de Mercúrio em nosso próprio sistema solar? Por que alguns sistemas planetários têm “superTerras”, planetas rochosos enormes desprovidos de um exterior gasoso e que orbitam nos extremos? E por que, também, que alguns planetas permanecem em órbitas elípticas descontroladamente e não em um direcionamento organizado como os do nosso sistema solar?

A resposta: nós simplesmente não sabemos. Astrônomos cogitam que o processo de formação do planeta pode ser muito mais caótico do que se pensava. “As primeiras detecções de exoplanetas revelaram corpos que eram totalmente diferentes de qualquer planeta do sistema solar”, declarou oficialmente a Nasa. “E descobertas posteriores mostraram que muitos sistemas de exoplanetas são muito diferentes do nosso.”

No entanto, isso não é necessariamente uma coisa ruim. Encontrar planetas que não estejam em conformidade com as teorias vigentes significa simplesmente que não temos muita certeza sobre como funciona a formação deles. Pode até ser que o nosso sistema solar seja bastante singular quando comparado a outros sistemas planetários. Afinal, nós não temos “superTerras”, algo que parece ser comum em outras partes da galáxia. Esse é um questionamento interessante: Por que não temos “superTerras”? Os astrônomos estão pesquisando para que possam responder essas perguntas em um futuro próximo com novas teorias.

“Os estudos de exoplanetas estão apenas começando, e não é possível ter certeza sobre planetas ‘típicos’ entre nossas estrelas vizinhas”, diz a Nasa. “Será que a maioria dos sistemas planetários provará ser muito parecido com o nosso, ou somos excepcionais? Somente anos de estudo mais aprofundado irão dizer.”

Isso não quer dizer que não existam sistemas de exoplanetas como o nosso: a estrela 55 Cancri, a 41 anos-luz de distância da Terra, tem um sistema de cinco planetas, com uma distribuição semelhante à nossa. Porém, pode ser que nossas teorias sobre como estes planetas se formaram, em primeiro lugar, e que tipo de sistemas que habitam, talvez precisem ser revistas.

Provavelmente, a pergunta mais interessante, e uma das mais difíceis de responder, diz respeito à singularidade da Terra”, conclui a Nasa. “Há planetas semelhantes ao nosso orbitando outras estrelas, mas será que a vida existe em qualquer outro lugar além da Terra?”


Nota: Por essa e por outras, nunca é seguro “colocar a mão no fogo” por nenhuma teoria que diga respeito às origens do Universo e da vida (ciência histórica), pelo simples motivo de que ninguém estava lá para observar como isso teria acontecido (ciência empírica); e ciência depende de observação. Perdi a conta dos inúmeros artigos que li e dos muitos documentários e reportagens a que assisti e que afirmavam categoricamente que os planetas tinham se formado assim e assim. Tudo com base nas observações feitas apenas em nosso sistema solar, como se todo o Universo pudesse ser definido pelo que vemos em nossa vizinhança. Coisa parecida fazem os evolucionistas no campo da biologia e da geologia: observam fenômenos pontuais, extrapolam as conclusões para o passado distante (e até ao futuro) e constroem verdadeiros contos de fada. Que isso que está acontecendo nos domínios da astronomia/cosmologia sirva de lição a muitos cientistas naturalistas ufanistas. Quando o assunto é ciência, humildade e prudência são mais do que bem-vindas. [MB]

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