segunda-feira, outubro 18, 2010

Ciência Hoje destaca “problema” da pedofilia

A revista Ciência Hoje deste mês traz como matéria de capa a reportagem “Pedofilia: imposição de um desejo único”. Segundo o texto, “pedofilia seria um problema de cunho psicológico originário de um trauma ou de pressões culturais que levam a pessoa a procurar uma forma de gozo exclusivamente focada em crianças. [...] aqueles que procuram as mais jovens as veem como objetos fracos e totalmente dominados, sobre os quais podem exercer seu poder”. Depois, uma entrevistada pergunta: “Como impedir que jovens rapazes e moças façam sexo com pessoas mais velhas se tudo é permitido?” Sexo não é mais assunto moral, mas de saúde. Pedofilia deve ser combatida por ser doentia e não por ser moralmente incorreta (pecado).

O texto prossegue: “A popularização da internet nos anos 1990 fornece um novo espaço para que os pedófilos exerçam seus desejos. Um fenômeno que ganha fôlego com a rede mundial de computadores é o do ativismo pró-pedofilia, por meio do qual se defende a descriminalização da prática, a revogação de sua classificação como patologia e a diminuição ou mesmo abolição da idade do consentimento. ‘Eles se descrevem não como estupradores, mas sim como amantes de crianças ou de meninos e defensores dos direitos sexuais deles. Dizem defender apenas o ‘sexo consentido’, sem coerção ou violência, apropriando-se da lógica do discurso politicamente correto sobre a sexualidade. No entanto, ignoram a noção dominante de que crianças são incapazes de consentimento sexual’, conta a antropóloga Laura Lowenkron.”

A matéria expressa uma preocupação válida e justa, mas publicada numa revista darwinista “até a alma”, que considera o ensino do criacionismo uma “esquizofrenia pedagógica” me soa um tanto irônico.

Outra matéria dessa edição de Ciência Hoje trata da descoberta de novo “hominídeo” fóssil, o Australopithecus sediba, “possível elo de transição entre os gêneros Australopithecus e Homo”. O texto ainda diz que somos “mamíferos primatas”, e que isso resume bem a posição que a espécie humana ocupa na escala zoológica. A matéria admite que “o elo entre os humanos e seus parentes vivos mais próximos é uma lacuna do conhecimento sobre a evolução dos antropóides”, mas, para a revista, uma coisa é certa: somos mesmo macacos pelados.

Bem, não sei se entre macacos (ou entre os tais “hominídeos”) a prática da pedofilia é comum. Mas quem se importa? O que o darwinismo materialista tem a dizer sobre isso? Se “aqueles que procuram as mais jovens as veem como objetos fracos e totalmente dominados, sobre os quais podem exercer seu poder”, não estariam com isso apenas cedendo ao imperativo da sobrevivência do mais forte ou mesmo simplesmente garantindo que seus genes sejam mais facilmente espalhados por meio de fêmeas jovens e, portanto, mais saudáveis – além de submissas?

Tenho certeza de que, se não fosse constrangedor, a teoria-explica-tudo (darwinismo) certamente teria uma “boa” explicação para a pedofilia, como tem para o adultério, por exemplo. O que fica estranho é ver naturalistas/darwinistas preocupados com uma questão moral que se impõe simplesmente por uma suposta convenção social.

Pedofilia é mais do que um problema de saúde. Pedofilia é pecado, com todas as letras. E é pecado porque existe um código moral estabelecido por Deus e que condena qualquer tipo de violação/agressão ao próximo, especialmente os pequeninos. Jesus é taxativo: “Mas se alguém fizer tropeçar um destes pequeninos que creem em Mim, melhor lhe seria amarrar uma pedra de moinho no pescoço e se afogar nas profundezas do mar” (Mateus 18:6).

Michelson Borges