Gwyneth Paltrow não foi a primeira nem será a última aspirante a atriz a sofrer a humilhação de ser assediada por um executivo que pode ou não decidir dar a ela um papel num filme ou numa peça. De qualquer forma, é sempre chocante quando uma celebridade do bem vem a público contar isso. Hoje, Gwyneth é uma bela atriz de 38 anos, que às vezes acerta (ganhou um Oscar por "Shakespeare in Love", em que se disfarça de rapaz para poder atuar) e às vezes erra nos filmes. Na vida pessoal, costuma ser muito discreta. Imaginar que, quando ela tinha essa carinha aí (na foto), os olhos inocentes, uma menina cheia de sonhos, um executivo chegou para ela e disse: “Vamos terminar a reunião no quarto”… realmente… dá um aperto, porque não é uma situação de exceção.
Ela não deu o nome do executivo que a assediou, não está em busca de escândalos, mas seu depoimento serve de alerta para milhões de jovens que buscam o estrelato ou o reconhecimento. Gwyneth disse para a revista Elle que ficou horrorizada com a proposta do executivo e recusou imediatamente. Ao mesmo tempo, imaginou que algumas moças mais despreparadas poderiam realmente se preocupar com o futuro, e ficar apavoradas, pensando: “Minha carreira estará arruinada se eu não fizer [...]”
O “teste do sofá” é mais evidente em profissões como atriz e modelo. Mas imagino que muitas mulheres não famosas já passaram por isso. Às vezes o assédio do chefe é declarado, usado para promover ou demitir, conforme a reação da mulher. E, nesses casos, hoje já existem instrumentos para processar. Outras vezes, o assédio é mais sutil, mais difícil de identificar. [...]
(Época Mulher 7 x 7)
Nota: É desse mundo podre que vêm muitas das produções que servem de passatempo “inocente” para milhões de pessoas que ficariam escandalizadas se conhecessem essa e outras realidades dos bastidores.[MB]
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