O biólogo evolucionista John A. Endler destacou em seu livro Natural Selection in the Wild, publicado na “insignificante” Princeton University Press (1986): “Existem seis lacunas principais em nosso conhecimento e entendimento da seleção natural”[1]: (1) Por que ocorre a seleção natural? (2) Como ocorre? (3) Quais tipos de características são mais prováveis de serem afetados? (4) Quais são os efeitos da seleção natural simultânea de muitas características e das interações entre elas? (5) Quais são as dinâmicas evolucionárias das características selecionadas? (6) Os gêneros que são mais inclinados a exibir a seleção natural são também aqueles que atualmente estão exibindo radiação mais rapidamente?[2]
Endler fez essas perguntas em 1986, mas os debates sobre a capacidade evolucionária criativa da seleção natural somente aumentaram entre biólogos evolucionistas. Já que você não vê isso sendo debatido livremente nas universidades públicas e privadas, que tal dar uma olhada na literatura especializada de renome?
Artigo publicado na Trends in Ecology and Evolution em 2008 reconheceu a existência de um “debate saudável concernente à suficiência de teoria neodarwinista em explicar a macroevolução”.[3]
Se a Síntese Moderna Evolutiva não explica a macroevolução (o fato, Fato, FATO da evolução – um Australopithecus afarensis se transmutar em antropólogo amazonense), isso significa dizer, traduzindo em miúdos, que Darwin não explicou a origem e nem a evolução das espécies? Não? Então o quê?
(Desafiando a Nomenklatura Científica)
Referências:
1. John A. Endler, Natural Selection in the Wild, p. 247 (Princeton University Press, 1986).
2. Ibid. p. 248, 249.
3. Michael A. Bell, “Gould’s most cherished concept, review of Punctuated Equilibrium by Stephen Jay Gould”. Belknap Press of Harvard University Press, 2007, Trends in Ecology and Evolution, Vol. 23(3):121, 122 (2008).
4. John Whitfield, “Biological Theory: Postmodern evolution?”, Nature, v. 455:281-284 (2008).
5. Stewart Newman, citado em John Whitfield, “Biological Theory: Postmodern evolution?”, Nature, v. 455:281-284 (2008).
6. Graham Budd, citado em John Whitfield, “Biological Theory: Postmodern evolution?”, Nature, v. 455:281-284 (2008).
7. William Provine, Random Drift and the Evolutionary Synthesis, History of Science Society HSS Abstracts.
8. Eugene V. Koonin, “The Origin at 150: Is a New Evolutionary Synthesis in Sight?”, Trends in Genetics, v. 473:474 (2009).
9. Ibid.
10. Günther Theissen, “Saltational evolution: hopeful monsters are here to stay”, Theory in Biosciences, v. 128:43-51 (2009).
11. Günther Theissen, “The proper place of hopeful monsters in evolutionary biology”, Theory in Biosciences, v. 124:349-369 (2006).
12. Ibid.
13. Michael Lynch, “The frailty of adaptive hypotheses for the origins of organismal complexity”, Proceedings of the National Academy of Sciences, v. 104:8597-8604 (May 15, 2007).
14. Ibid.