quinta-feira, maio 03, 2012

Mães e moscas: leite e enzima em comum

As fêmeas da mosca tsé-tsé produzem um único ovo por vez. A larva fica incubada na cavidade que corresponde ao útero materno e é alimentada pela mãe com uma substância parecida com leite que ela produz. Agora, os pesquisadores relatam que o “leite” da mosca tsé-tsé contém uma enzima chamada esfingomielinase, ou SMase, importante também na lactação dos mamíferos. Isso significa que a mosca tsé-tsé pode ser usada em estudos de problemas de lactação de humanos, afirmou Joshua Benoit, entomólogo da Universidade de Yale que participou da pesquisa. Ele e seus colegas relataram as descobertas no periódico The Biology of Reproduction.

Nos seres humanos, por exemplo, a deficiência de SMase pode causar a doença de Niemann-Pick, distúrbio neurológico que pode ser fatal em crianças pequenas. Por outro lado, existe a doença do sono (e a doença do sono que afeta os animais), causada por parasitas transmitidos pela picada da mosca tsé-tsé. A doença do sono pode ser fatal se não for tratada no início e para ela não há vacina.

Os pesquisadores acreditam que através da manipulação da produção da enzima de lactação nas fêmeas é possível contribuir com a redução da população da mosca. Isso pode ser feito através da pulverização de substâncias químicas nos animais dos quais a mosca se alimenta, afirmou Benoit.


Nota: Se apenas a deficiência de uma enzima, a SMase, pode ser fatal para as crianças, como conceber, do ponto de vista darwinista, a ideia de que todo o mecanismo da lactação e o ajuste fino das propriedades do leite materno em relação às necessidades do bebê pudesse ter evoluído aos poucos, passo a passo? Se apenas uma enzima faz toda essa falta, o que dizer de tudo o mais? Mas o detalhe importante nessa matéria ainda não é esse. Seres humanos e moscas, definitivamente, não são “parentes” próximos na suposta árvore evolutiva. Ok. Então como explicar que seres vivos tão distantes tenham “evoluído” as mesmas enzimas e mecanismo semelhante de lactação? Na verdade, isso é comum na natureza: o voo, a despeito de toda a complexidade envolvida no processo, “evoluiu” em seres tão diferentes quanto mamíferos, aves e insetos; a visão, igualmente, “evoluiu” de modo muito semelhante em criaturas como lulas e seres humanos; e assim por diante. Esse fato fala mais a favor do design inteligente (das digitais do Criador) ou da macroevolução cega?[MB]