sexta-feira, maio 25, 2012

Se humanos escrevem em código genético, isso é DI?

[DI = design inteligente] Cientistas estão começando a usar o DNA para escrever código de computador. Eles se imaginam como designers de um sistema. E o que isso implica sobre o código genético natural? Isso é “totalmente radical”, anunciou um comunicado à imprensa: “Cientistas do Departamento de Bio-engenharia da Universidade Stanford elaboraram um método para repetidamente codificar, armazenar e apagar dados digitais dentro do DNA de células vivas.” Após três anos de trabalho e 750 tentativas, eles descobriram um modo de criar e apagar código digital usando as moléculas do DNA. Eles não estão usando as bases A-G-C-T que o código genético natural usa para armazenar informação. Em vez disso, eles usaram um modo pelo qual uma porção do DNA aponta como o equivalente de um bit: um modo indica o número 1, e o outro indica o 0 (zero). É RAD(ical) porque eles deram este nome: Recombinase Addressable Data (RAD). Isso oferece o poder de usar o DNA como uma memória não volátil e um “interruptor” molecular para ligar as proteínas fluorescentes nos micróbios. 

Esse trabalho, todavia, envolve uma sobreposição consistente e coerente com o código genético natural. Primeiro, os cientistas estão usando micróbios vivos. Em segundo lugar, eles planejam usá-lo para engenharia biológica. Terceiro, eles acreditam que o trabalho deles “pode impactar nosso entendimento de/e interação com a vida”. Um pesquisador afirmou: “A armazenagem de dados programáveis dentro do DNA de células vivas parece ser uma ferramenta incrivelmente poderosa para estudar o câncer, o envelhecimento, desenvolvimento organismal e até o ambiente natural.” 

Além disso, o artigo original no PNAS 1 fala de material genético como um “meio natural de armazenagem de dados”. O novo sistema deles opera em conjunção com o código genético natural e pode sobreviver a 100 divisões celulares; em outras palavras, é um código artificial trabalhando junto com o código natural. 

Isso leva a uma pergunta totalmente radical: Se um pesquisador sem presciência dessa tecnologia examinasse um micróbio usando-a, ele ou ela não estaria justificado em inferir que uma causa inteligente desempenhou um papel na sua origem? Se é assim, qual a diferença em inferior uma causa inteligente para a origem do “código genético natural”, uma vez que isso também envolve a codificação e armazenamento de informação funcional? 

(Evolution News & Views, 22 de maio de 2012, Permalink, via Desafiando a Nomenklatura Científica)

Referência:

1. Bonnet, Substoontorn and Endy, “Rewritable digital data storage in live cells viaengineered control of recombination directionality”, PNAS May 21, 2012, doi: 10.1073/pnas.1202344109 (open access).