Por
iniciativa do Ministério da Educação e do Instituto Nacional contra a
Discriminação, a Xenofobia e o Racismo (INADI), esta semana foi apresentado em
Buenos Aires um guia para que professores de escolas públicas e privadas
ensinem a seus alunos os diferentes tipos de famílias que existem no país, que
em 2009 aprovou uma lei que permite o casamento civil entre pessoas do mesmo
sexo. O guia explica aos alunos argentinos que existem famílias com dois pais,
duas mães, ou apenas um pai e uma mãe. O objetivo, disseram as autoridades
argentinas, é reduzir os casos de bullying
nas escolas. Precisamos de uma mudança educacional em nossa sociedade que
acompanhe a histórica decisão do Congresso. Os pais gays devem ser visíveis e
mostrar sua realidade com orgulho – disse o presidente a Comunidade Homossexual
Argentina (CHA), César Cigliutti. Desde que o Parlamento argentino aprovou a
lei sobre casamentos gays, estima-se que cerca de 3 mil casais homossexuais passaram
pelos cartórios de todo o país.
Nota:
Não resta dúvida de que bullying e
discriminação devem ser condenados e que as pessoas têm direito de viver como
bem entendem. Mas a lei também não pode obrigar os cristãos a redefinir seus
princípios. Se os homossexuais têm direito à união civil, os cristãos têm
direito de não considerar isso “casamento”, segundo os padrões bíblicos (um
homem unido a uma mulher). Da mesma forma, cristãos têm o direito de considerar
“família” o núcleo relacional criado por Deus e composto, inicialmente, por
marido e mulher. Depois vêm (ou não) os filhos. Quando as autoridades começarem
a forçar as escolas a redefinir o conceito de família (assim como muitos querem
abolir o ensino do criacionismo e obrigar o ensino apenas
do evolucionismo, mesmo em escolas confessionais), assistiremos à corrosão da
democracia e o favorecimento dos direitos de uma minoria em detrimento dos de
outras.[MB]