quinta-feira, maio 31, 2012

Como os planetas conseguem manter suas órbitas?

Você já se perguntou como é que a Terra se mantém em uma órbita estável em torno do Sol? Quer dizer, a atração gravitacional fica mais forte quando nos aproximamos do Sol, e se o Sol puxa a Terra, ela deveria ser atraída com uma força cada vez maior, até cair nele. Mas a gente está aqui, então deve ter alguma coisa mais nesse “rolo”, já que a Terra não está caindo no Sol. A razão é que quando a Terra fica um pouco mais próxima do Sol, a atração é maior, mas isso também faz com que a velocidade com que a Terra está fique maior, e ela acaba “escapando” para um ponto mais distante, onde a atração também é menor, e então recomeça tudo novamente. A parte incrível é que a força de atração e a velocidade estão em perfeito equilíbrio, o que faz com que a Terra permaneça em sua órbita, da mesma forma que uma pedrinha fica estável dentro de uma bacia. Esse equilíbrio é muito especial: ele depende do potencial gravitacional efetivo e do número de dimensões do Universo. De fato, ele só é possível em um universo 3D. Isto mesmo, órbitas estáveis só existem em universos tridimensionais. De fato, se houvesse mais dimensões, a força da gravidade iria crescer muito, mais do que o crescimento da velocidade, e não seria possível escapar dela, e a Terra cairia no Sol. Se houvesse menos dimensões, então a força da gravidade não seria suficiente para manter um corpo em órbita, que se perderia então no espaço.


Nota: Mais uma vez fica evidente o princípio antrópico – parece que o Universo já sabia que iríamos chegar e está perfeitamente desenhado para manter a vida. Outra coisa: se a Terra tem os alegados bilhões de anos, como explicar sua estabilidade orbital durante todo esse tempo enorme?[MB]