E
não é difícil de comprovar essa afirmação. Shadow to Light ilumina o absurdo dos ataques
provenientes dos novos ateus dirigidos à religião em geral, e a Francis Collins
em particular. Jerry Coyne acusou Francis Collins de ser um “embaraço para o
NIH [National Institutes of Health] e para todas as pessoas racionais”, e de
ser um “proponente de crenças profundamente anticientíficas”. Myers qualifica
Collins de “pateta criacionista que argumenta contra teorias científicas” e um
“agradável peso-pluma” que não sabe pensar como um cientista. Seria de pensar
que esses três militantes ateus fundamentassem seus ataques a partir de plataformas
científicas superiores à do sujeito religioso. Mas, infelizmente, não é esse o
caso.
Entre
1971 a 2007, Francis Collins publicou 384 artigos científicos. Certamente que
ele publicou mais desde 2007, mas é aí que termina o currículo online dele. De fato, pesquisando na
PubMed (base de dados que contém milhões de artigos científicos), parece que
ele publicou 483 artigos. No entanto, vamos nos restringir aos 384 artigos em
cima mencionados, uma vez que pode haver outros “Collins FS” misturados com os
resultados da pesquisa na PubMed.
Usando
também a PubMed ficamos sabendo que Jerry Coyne publicou uns respeitáveis 88
artigos científicos, entre 1971 e 2011. Myers parece ter publicado dez artigos,
entre 1984 e 1999. Para Sam Harris, nem é preciso pesquisar na PubMed, porque o
site dele nos fornece o número de suas publicações: ele publicou dois artigos
desde 2009 (fonte).
Em
outras palavras, não é o cristianismo que impede o avanço da ciência. Francis
Collins não só produziu mais ciência que seus críticos, como publicou mais do que
o dobro de artigos científicos publicados por Richard Dawkins, Jerry Coyne, PZ
Myers e Sam Harris juntos.
Além
disso, ele produziu muito mais artigos que o falecido Christopher Hitchens,
Daniel Dennett e Michael Shermer, pessoas que também fizeram alegações em torno
da imaginada “incompatibilidade” entre o cristianismo e a ciência.
Como
é normal, os argumentos dos militantes ateus se baseiam em lógica deficiente e
não nas evidências empíricas que eles alegam valorizar.
Collins
fez mais pelo avanço da ciência do que todos os novos ateus combinados.