terça-feira, maio 08, 2012

Querem descaracterizar um grande cientista

E não é difícil de comprovar essa afirmação. Shadow to Light ilumina o absurdo dos ataques provenientes dos novos ateus dirigidos à religião em geral, e a Francis Collins em particular. Jerry Coyne acusou Francis Collins de ser um “embaraço para o NIH [National Institutes of Health] e para todas as pessoas racionais”, e de ser um “proponente de crenças profundamente anticientíficas”. Myers qualifica Collins de “pateta criacionista que argumenta contra teorias científicas” e um “agradável peso-pluma” que não sabe pensar como um cientista. Seria de pensar que esses três militantes ateus fundamentassem seus ataques a partir de plataformas científicas superiores à do sujeito religioso. Mas, infelizmente, não é esse o caso.

Entre 1971 a 2007, Francis Collins publicou 384 artigos científicos. Certamente que ele publicou mais desde 2007, mas é aí que termina o currículo online dele. De fato, pesquisando na PubMed (base de dados que contém milhões de artigos científicos), parece que ele publicou 483 artigos. No entanto, vamos nos restringir aos 384 artigos em cima mencionados, uma vez que pode haver outros “Collins FS” misturados com os resultados da pesquisa na PubMed.

Usando também a PubMed ficamos sabendo que Jerry Coyne publicou uns respeitáveis 88 artigos científicos, entre 1971 e 2011. Myers parece ter publicado dez artigos, entre 1984 e 1999. Para Sam Harris, nem é preciso pesquisar na PubMed, porque o site dele nos fornece o número de suas publicações: ele publicou dois artigos desde 2009 (fonte).

Em outras palavras, não é o cristianismo que impede o avanço da ciência. Francis Collins não só produziu mais ciência que seus críticos, como publicou mais do que o dobro de artigos científicos publicados por Richard Dawkins, Jerry Coyne, PZ Myers e Sam Harris juntos.

Além disso, ele produziu muito mais artigos que o falecido Christopher Hitchens, Daniel Dennett e Michael Shermer, pessoas que também fizeram alegações em torno da imaginada “incompatibilidade” entre o cristianismo e a ciência.

Como é normal, os argumentos dos militantes ateus se baseiam em lógica deficiente e não nas evidências empíricas que eles alegam valorizar.

Collins fez mais pelo avanço da ciência do que todos os novos ateus combinados.