Um
grupo de americanos resolveu se mobilizar para resgatar os tradicionais
jantares em família, unindo comida saudável com convívio de qualidade dentro de
casa. Eles criaram o movimento The Family Dinner Project (Projeto Jantar em
Família, em inglês) com a proposta de ultrapassar os desafios do dia a dia,
como a falta de tempo e o cansaço, para sentar pais e filhos em torno da mesa
sem nenhuma das milhares de distrações do mundo moderno. Celulares, TVs, tablets e qualquer outra tecnologia que
não promova a interação entre os parentes são proibidos. Os organizadores do
projeto defendem que os jantares em família, de qualidade, têm a capacidade de
melhorar a autoestima das crianças e adolescentes, desenvolver a resiliência,
diminuir os riscos de uso de drogas, gravidez na adolescência, depressão,
distúrbios alimentares e obesidade. Eles se basearam em pesquisas de diferentes
universidades, como um artigo do centro especializado em abuso de substâncias
químicas da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos.
De
acordo com o estudo, adolescentes que fazem menos de três refeições em família
por semana têm quase duas vezes mais chances de se tornarem fumantes, abusar de
substâncias químicas e se tornarem usuários de maconha do que adolescentes que
jantam em família cinco vezes por semana. “O engajamento dos pais em torno dos
jantares pode ser uma potente arma a favor da saúde das crianças”, garante o
pesquisador Joseph A. Califano Jr, da Columbia.
O
projeto começou no ano passado, por meio de uma parceria entre pesquisadores da
Universidade de Harvard e um grupo piloto de 15 famílias. E agora já oferece
todo o conteúdo on-line para que mais
pessoas adotem a causa, criando seus próprios grupos de discussão na escola,
distrito ou cidade.