O telescópio espacial Hubble captou um planeta de nossa galáxia, a Via Láctea, sendo devorado por sua estrela gravitacional, anunciou nesta segunda-feira um comunicado publicado no Astrophysical Journal Letters. O planeta agonizante, batizado de Wasp-12b, é o mais quente conhecido na Via Láctea, com uma temperatura de 1.500 graus Celsius em sua superfície, e poderá desaparecer totalmente nos próximos dez milhões de anos, segundo os autores. A descoberta foi possível graças a um instrumento novo instalado no Hubble em 2009. Trata-se do “Cosmic Origins Spectrograph”, que captou a atmosfera do planeta inchando devido ao calor e à força gravitacional de sua estrela. O Wasp-12b, descoberto em 2008, está a 600 anos-luz da Terra (um ano-luz corresponde a 9,4 bilhões de quilômetros), na constelação de Auriga. Os astrônomos sabiam que as estrelas podiam tragar seus planetas caso estes se aproximassem muito, mas esta é a primeira vez que o fenômeno é observado de perto.
(Veja.com)
Nota: Antes de mais nada, é bom lembrar que a “foto” acima é apenas uma representação artística do que se crê estar acontecendo com o Wasp-12b. Não existem observações diretas do planeta e, portanto, nem se sabe exatamente o que está ocorrendo por lá. Mas o que chama atenção nesse tipo de notícia é a tentação da antropomorfização, ou seja, atribuir conceitos humanos a objetos sem vida como estrelas e planetas. Note que a matéria diz que o planeta “agonizante” está sendo “devorado”, dando a impressão de que se trata de uma injustiça astronômica, uma violência cósmica. O mesmo vale para as supernovas, fenômeno comumente chamado de “morte de estrelas”. Estrelas não morrem e planetas não agonizam. Prefiro pensar que esses fenômenos são como fogos de artifício de Deus que não nos colocou num universo monótono.[MB]
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