![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIvRi9Zf_qJogs3ZOuAKlSrA86qRu7vp2nm7owh6ka14xMfZT6a9sYwLs2cNhJcmdmorvtIjbK7SN7gmplLQjguLxZ7bDcos8LnW7zeDVh-t_fWEJvWzU_jjsEn5MvHHUbN4qF/s200/capa380.jpg)
Uma das grandes sacadas de
Cidadão Kane se dá quando o personagem-título obriga sua antiga amásia – agora esposa – a seguir exaustiva turnê no canto lírico. A infeliz, claro, nunca teve talento – Kane a rebocara de um cabaré, e a revelação desse
affair lhe destruíra a carreira política. O motivo da birra de Charles Foster Kane é prosaico: os jornais se referiam à jovem como "cantora", assim mesmo, com aspas. E essas aspas ele não podia suportar. O episódio demonstra como um detalhe numa manchete pode ser mais devastador que um corpo de notícia esmiuçado em várias páginas. Pensei nisso ao ler a
entrevista de Mosab Hassan Yousef concedida a Duda Teixeira e publicada na revista
Veja. Yousef, agora sabemos, desiludiu-se com a selvageria do Hamas, grupo extremista islâmico, fundado pelo xeque palestino Hassan Yousef, seu pai. Mosab converteu-se ao cristianismo e passou a colaborar com o Shin Bet, serviço secreto israelense. [
Leia mais]