quarta-feira, maio 12, 2010

O impacto do “white sabbath”

No fim da década de 1960, surgia no Reino Unido uma banda de Heavy Metal chamada Black Sabbath [Sábado Negro], liderada pelo polêmico Ozzy Osborne. Apesar de provocativo, o nome da banda não tem relação nenhuma com o sábado bíblico. Mesmo diante de diversos mitos criados a respeito dessa banda, quero usar seu nome (sem fazer apologia ao estilo musical) para ilustrar um dia nada agradável entre os habitantes de Jerusalém, em 597 a.C. As Escrituras nos informam que nesse ano Nabucodonosor, rei da Babilônia, foi até Jerusalém, capital do reino de Judá, liderado nessa ocasião por Joaquim. Além de destruir os utensílios de ouro da época do rei Salomão, ele levou como servos o rei, sua mãe, todos os príncipes, todos os guerreiros e dez mil judeus. A escravidão era resultado de uma sucessão de apelos divinos não atendidos pelo rei e pelo povo, como registrado no livro de Jeremias. Essa história está registrada em 2 Reis 24.

A informação bíblica foi ampliada em 1956, quando um tablete de argila escrito em cuneiforme acadiano, vindo das ruínas de Babilônia, foi traduzido por Donald Wiseman, que trabalhou por muitos anos no Museu Britânico, em Londres. O conteúdo desse tablete diz que a captura de Jerusalém pelos babilônicos ocorreu no 2º dia do mês de Adar, em 597 a.C. Fazendo os cálculos necessários, nossa data correspondente é o dia 16 de março, que naquele ano caiu em um sábado. Isto é, a data escolhida para levar hebreus como escravos foi em um sábado, o dia mais santo para essa nação. Hoje, esse tablete está exposto no museu referido acima (BM 21946). Esse, sim, foi um “Black Sabbath”. Uma nação encarando as terríveis consequências de uma vida sem Deus; famílias sendo para sempre separadas em completo desespero diante do desconhecido.

No próximo sábado (15/5), a Igreja Adventista do Sétimo Dia estará realizando o “Impacto Esperança” em toda a América do Sul. Como um oásis no meio de um deserto, milhares de revistas serão entregues a pessoas que necessitam de “um dia de esperança”. Quem sabe sejam pessoas que também estejam enfrentando problemas familiares, profissionais, luto e uma busca desesperada por sentido para a existência. Você e eu podemos tornar o próximo sábado na vida de alguém em um “white sabbath”.

(Luiz Gustavo Assis é pastor em Caxias do Sul, RS)

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