domingo, maio 23, 2010

Marcelo Rubens Paiva não entendeu nada

Em sua coluna de 22 de maio no site do Estadão, o escritor Marcelo Rubens Paiva fala sobre o fim do mundo, cita site adventista e deixa claro que não entendeu o assunto. Leia alguns trechos aqui: "Mais e mais pessoas têm dito por aí que o mundo vai acabar em 2012, fim previsto pela Terceira Profecia Maia. Já tem até site oficial, www.ofimdomundo.com.br, curiosamente patrocinado pela revista Um Dia de Esperança [entregue pelos adventistas na semana passada, no projeto Impacto Esperança]. Culpa do calendário Maia, que misteriosamente termina em 23 de dezembro de 2012. Sinais de alerta foram emitidos: chuvas torrenciais em São Paulo, Angra e Niterói no começo do ano, terremotos na China e Chile, tsunami na Ásia, furacão Katrina, desastre ambiental no Golfo do México, que trocou a água azul do Caribe pelo petróleo. O vulcão, que, além de um nome impronunciável, controla o ir e vir de todos os passageiros da Europa, poderia trazer o fim. Mas não seremos extintos por um orifício que expele magma que nem os noticiários das populações de outros planetas conseguem pronunciar.

"Será no dia 31 de janeiro de 2012, quando 433 Eros, o segundo maior objeto próximo à Terra já registrado, pedregulho de 33 km da largura, passará perto? Ou em 15 de abril, centenário do naufrágio do Titanic, prenúncio da ira do planeta contra a modernidade?

"Em 20 de maio de 2012 haverá um eclipse solar anular. Em 13 de novembro, um solar total. Nosso fim será às escuras? Dia 27 de julho é a Abertura dos Jogos Olímpicos de Londres. Um meteoro gigante cairá durante a cerimônia, efeito especial catastrófico, incomparável, definitivo. Mais espetacular que o triplo carpado e o ursinho Misha, mascote chorão reproduzido pelo público no estádio dos Jogos de Moscou.

"Ou chegará o Anticristo em 6 de novembro, eleições presidenciais dos Estados Unidos, que determinará que a guerra contra o terrorismo tem só uma saída: acabar com toda a espécie.

"Em 31 de dezembro de 2012 expira o prazo do Protocolo de Kyoto. Nessa mesma noite, todas as fábricas e usinas atômicas abrirão as válvulas, todos os habitantes do planeta sairão com seus carros para dar um rolê e comemorar o fim das imposições à emissão de carbono, e os plantadores de soja queimarão a Amazônia com maçaricos. [...]

"O que fazer? Guardar estoque de água, comida enlatada, lanterna, travesseiros, roupas confortáveis, abridor de lata, um litro de conhaque, perfumes, xampu anticaspa, relógio de cordas, retratos da família, baralho, tabuleiro de War, clássicos literários e esperar. [...]

"Boa sorte. Nos vemos por aí."

Nota: Paiva caiu direitinho na armadilha do inimigo de Deus (mas é claro que o escritor não vai admitir isso): foi Satanás quem inventou essas predições hilárias e absurdas com o objetivo de desviar a atenção da profecia bíblica segundo a qual Jesus voltará para resolver os problemas deste mundo carcomido pelo pecado. Aliás, talvez Paiva não saiba (e muita gente também não), mas, diferentemente das "profecias" de Nostradamos, dos maias e outras por aí, a Bíblia não errou uma predição sequer. É só pesquisá-la à luz da história. Tenho feito isso há duas décadas. Pelo visto, Paiva nem sequer se deu ao trabalho de ler os artigos do site O Fim do Mundo (como o meu "2012: a ilusão da solução sem Deus"), pois acha que ali se está divulgando a profecia maia. Muito pelo contrário, ela está sendo criticada ali. Além do site, Paiva deveria estudar a Bíblia para saber que existe esperança e que feliz não será o ano velho, mas o novo dia após a volta de Jesus.

Paiva se mostra um cético localizado quando cita a profecia de Ivan Fiodorovich, em Os Irmãos Karamazov, de Dostoievski, que vaticina: "Quando a humanidade, sem exceção, tiver renegado Deus (e creio que essa era virá), então cairá por si só, sem antropofagia, toda a velha concepção de mundo e, principalmente, toda a velha moral, e começará o inteiramente novo. Os homens se juntarão para tomar da vida tudo o que ela pode dar, mas visando unicamente à felicidade e alegria neste mundo. O homem alcançará sua grandeza imbuindo-se do espírito de uma divina e titânica altivez, e surgirá o homem deus. [...] Cada um saberá que é plenamente mortal, não tem ressurreição, e aceitará a morte com altivez e tranquilidade..."

Por que Paiva considera esse autor confiável em seus escritos e "profecias", e outros não?

Ele pergunta ainda "O que fazer?". Simples: "Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus, o qual a Si mesmo Se deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniquidade e purificar, para Si mesmo, um povo exclusivamente Seu, zeloso de boas obras" (Tito 2:11-14); "Estai de sobreaviso, vigiai [e orai]; porque não sabeis quando será o tempo" (Marcos 13:33). O que fazer? Entregar a vida a Jesus e se preparar para a vinda dEle.[MB]

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