quinta-feira, maio 05, 2011

Conheça a cosmovisão teísta/criacionista (parte 2)

Armand M. Nicholi Jr., Deus em Questão C. S. Lewis e Freud debatem Deus, amor, sexo e o sentido da vida (Ultimato) – Nicholi, que é psiquiatra e professor da Escola de Medicina de Harvard e do Hospital Geral de Massachusetts, contrapõe as ideias de dois grandes pensadores do século 20: Sigmund Freud e C. S. Lewis. Ambos consideraram o problema da dor e do sofrimento, a natureza do amor e do sexo, e o sentido último da vida e da morte. Depois de vinte e cinco anos de ensino e pesquisa sobre Freud e Lewis, Nicholi colocou o resultado à disposição de todos. Na contracapa do livro, o ex-ateu Francis Collins, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas em Genoma Humano, escreveu: “Esta elegante e convincente comparação entre a visão de mundo de Freud e a de C. S. Lewis é uma oportunidade de reflexão dialógica sobre as mais importantes questões que a humanidade sempre se fez: Deus existe? Ele se importa comigo? Este livro destina-se a todos que buscam, sinceramente, respostas sobre a verdade, o sentido da vida e a existência de Deus.”

Antonino Zichichi, Por Que Acredito Naquele que Fez o Mundo (Objetiva) – Zichichi é ex-presidente da Federação Mundial de Cientistas e faz afirmações bastante corajosas e pouco convencionais no mundo científico. Segundo ele, há flagrantes mistificações no edifício cultural moderno e que passam, muitas vezes, despercebidas do público em geral. Alguns exemplos: Faz-se com que todos creiam que ciência e fé são inimigas. Que ciência e técnica são a mesma coisa. Que o cientificismo nasceu no coração da ciência. Que a lógica matemática descobriu tudo e que, se a matemática não descobre o “Teorema de Deus”, é porque Deus não existe. Que a ciência descobriu tudo e que, se não descobre Deus, é porque Deus não existe. Que não existem problemas de nenhum tipo na evolução biológica, mas certezas científicas. Que somos filhos do caos, sendo ele a última fronteira da ciência. Para Zichichi, a verdade é bem diferente. E a maneira de se provar a incoerência das mistificações acima consiste em compreender exatamente o que é ciência. Zichichi afirma: “Nem a matemática nem a ciência podem descobrir Deus pelo simples fato de que estas duas conquistas do intelecto humano agem no imanente e jamais poderiam chegar ao Transcendente. [...] a teoria que deseja colocar o homem na mesma árvore genealógica dos símios está abaixo do nível mais baixo de credibilidade científica. [...] Se o homem do nosso tempo tivesse uma cultura verdadeiramente moderna, deveria saber que a teoria evolucionista não faz parte da ciência galileana. Faltam-lhe os dois pilares que permitiriam a grande virada de 1600: a reprodução e o rigor. Em suma, discutir a existência de Deus, com base no que os evolucionistas descobriram até hoje, não tem nada a ver com a ciência. Com o obscurantismo moderno, sim.” Para um cientista católico, Zichichi manifesta muita coragem. E você, terá coragem para lê-lo?

Alister McGrath e Johanna McGrath, O Delírio de Dawkins (Mundo Cristão) – Escrito pelo ex-ateu e também professor em Oxford (como Dawkins) Alister McGrath (em co-autoria com a esposa Johanna), o livro desmantela o argumento de que a ciência deve levar ao ateísmo. McGrath mostra que Dawkins abraçou o amargo e dogmático manifesto do ateísmo fundamentalista, e em apenas 156 páginas desconstrói os argumentos que Dawkins expôs em mais de 500, em seu livro Deus, Um Delírio.

Ravi Zacharias, A Morte da Razão – Uma resposta aos neoateus (Vida) – A Morte da Razão é uma resposta ao livro Carta a Uma Nação Cristã, do ateu militante Sam Harris, mas bem pode ser lido como uma resposta breve ao neoateísmo de modo geral, defendido por figuras como Dawkins, Hitchens, Dennett e outros. O indiano Ravi Zacharias sabe muito bem do que está falando, pois foi ateu e, no tempo em que cursava filosofia em Nova Délhi, por sugestão das ideias de Albert Camus tentou o suicídio. Não foi bem-sucedido e acabou no hospital. Ali ganhou uma Bíblia e sua vida deu uma guinada. A história é impressionante, mas Zacharias nos dá apenas uma “palhinha” dela nessa obra, cujo objetivo é mostrar que Deus não é produto da imaginação e que o cristianismo fornece boas respostas para questões levantadas – muitas vezes de forma leviana – pelos ateus fundamentalistas. Entre outros assuntos, Zacharias trata da verdadeira natureza do mal, da absoluta falência do neoateísmo, da coexistência da religião e da ciência e da fundamentação da moralidade. Zacharias mostra que a visão de mundo dos neoateus leva a um vácuo. “Pelo menos Voltaire, Sartre e Nietzsche foram sinceros e coerentes na visão de mundo deles. Eles confessavam o ridículo da vida, a falta de sentido de tudo num mundo ateísta. Os ateus de hoje, como Richard Dawkins e Sam Harris, todavia, estão tão cegos pela arrogância da mente deles que procuram apresentar essa visão da vida como algum tipo de libertação triunfal. [...] A vida sem Deus é em última análise uma vida sem nenhum ponto de referência de sentido que não seja a que alguém lhe dá na hora.” Na página 64, Zacharias sumariza suas ideias assim: “A visão de mundo da fé cristã é bem simples. Deus pôs neste mundo o suficiente para tornar a fé nEle uma coisa bem razoável. Mas deixou de fora o suficiente a fim de que viver tão somente pela razão pura fosse impossível”. O livro tem apenas 110 páginas, mas traz inspiração e lições para uma vida.

William Lane Craig, Apologética Para Questões Difíceis da Vida (Mundo Cristão) – Em seu livro, Craig (que é doutor em teologia e filosofia) mostra que a teologia bíblica pode responder satisfatoriamente questões que têm que ver com nosso dia a dia. Por exemplo: Por que Deus não responde às minhas orações? Se Deus é onipotente, por que o mal existe? Se Deus é tão amoroso, por que sofremos? Qual é o significado do sofrimento para o cristão? Como ele deve lidar com suas dúvidas? É mais uma contribuição do escritor que vem promovendo incessantemente a ideia de que o cristão pode e deve desenvolver uma fé racional, e deve estar sempre pronto para responder a todo aquele que lhe pedir a razão da sua esperança (1 Pedro 3:15). Craig também lida francamente com questões espinhosas que envolvem as polêmicas do aborto e da homossexualidade. Ao propor uma verdade absoluta, cristãos como Craig e outros podem parecer arrogantes e intolerantes. Por isso, logo na introdução de seu livro, o autor avisa: “O cristão está comprometido tanto com a verdade como com a tolerância, porque acredita naquele que não somente disse ‘Eu sou a verdade’, como também declarou ‘amai os vossos inimigos’.” Enfim, é leitura obrigatória para quem quer entender o mundo com as claras lentes da cosmovisão cristã.

(Publicarei mais sugestões de leitura em postagens futuras. – Michelson Borges)

Leia também: "Conheça a cosmovisão teísta/criacionista (parte 1)" e "Conheça a cosmovisão teísta/criacionista (parte 3)"