domingo, maio 08, 2011

O mito do DNA lixo

A descoberta na década de 1970 de que apenas uma pequena porcentagem de nossos códigos de DNA para proteínas levou alguns biólogos proeminentes na época a sugerir que a maior parte do nosso DNA se tratava de lixo sem função. Embora outros biólogos tenham previsto que a proteína não codificante do DNA viria a ser funcional, a ideia de que a maior parte de nosso DNA era lixo se tornou a visão dominante entre os biólogos. Essa visão tornou-se espetacularmente errada. Desde 1990 - e, especialmente, após a conclusão do Projeto Genoma Humano, em 2003 - muitas centenas de artigos foram publicados na literatura científica documentando as diversas funções da proteína não codificante do DNA, e mais estão sendo publicados a cada semana. O livro The Mith of Junk DNA, de Jonathan Wells, documenta essa reviravolta. Resta saber se alguma editora secular brasileira terá coragem de publicar esse livro ou se apenas obras de Richard Dawkins e sua turma continuarão a ter espaço por estas bandas. O segundo livro de Michael Behe, The Edge of Evolution, e o Signature in The Cell, de Stephen Meyer (para citar apenas dois exemplos) continuam inacessíveis para os leitores da língua portuguesa.[MB]