sexta-feira, maio 13, 2011

O problema está nas entrelinhas, Sra. Marta

A bancada evangélica conseguiu novamente em uma atitude heroica barrar o PL 122/2006. Sou católico antiecumênico, mas devo admitir que os protestantes prestaram um valoroso serviço. A senadora Marta Suplicy, inconformada com a derrota, tentou mais uma vez ludibriar a sociedade com suas declarações. Marta que segundo o jornal O Estado de São Paulo incluiu uma emenda permitindo que todas religiões e credos exerçam sua fé, dentro de seus dogmas, desde que não incitem a violência declarou: “O que temos na fé é o amor e o respeito ao cidadão. Me colocaram que o problema não era intolerância nem preconceito, mas liberdade de expressão dentro de templos e igrejas. O que impede agora a votação? O que, além da intolerância, do preconceito, vai impedir a compreensão dessa lei?”, questionou Marta.

Observem o trecho que destaquei: “...mas liberdade de expressão dentro de templos e igrejas”. A própria frase da senadora denúncia o que ela tentou omitir. A emenda que a ela destaca foi apenas uma manobra para tentar enganar a sociedade. Ela permite a liberdade de expressão para os religiosos APENAS DENTRO de seus templos. Fora deles lhes resta apenas a mordaça.

O que também não é mencionado é que a censura estende-se [igualmente] aos sites religiosos. Ou seja, com a emenda da Marta Suplicy, os sites e blogs religiosos não poderão exercer sua ideologia religiosa livremente, e caso preguem o mesmo que é pregado dentro de seus templos, estarão enquadrados no crime de homofobia.

Fica cada vez mais claro que nossa liberdade de expressão e religião está em xeque. Os religiosos serão enclausurados em seus templos, enquanto os homossexuais poderão exercer seu ativismo em qualquer lugar, incluindo escolas. Os pregadores serão calados, e os ativistas gays anunciarão nas praças.

Parabéns à bancada evangélica e a todos os deputados que lutam contra essa mordaça. Destaque para o nobre deputado Jair Bolsonaro chamando a senadora Marinor Brito de heterofóbica.

Fica a brilhante frase do grande jurista Ives Gandra ao comentar sobre o Kit Gay do MEC (Ministério de Educação), em entrevista ao Estado de São Paulo: “Tudo o que se tenta privilegiar, à luz do argumento de que isso tenha sido discriminado, acaba culminando numa discriminação às avessas.”

(Jefferson Nóbrega, Jornal do Brasil)

Nota: Em seu blog, Enézio E. de Almeida Filho citou uma frase do humorista Millôr Fernandes: “Antigamente o homossexualismo era proibido no Brasil. Depois, passou a ser tolerado. Hoje é aceito como coisa normal... Eu vou-me embora, antes que se torne obrigatório.” E acrescentou o seguinte comentário: “Quero ver como o STF-LGBTS vai julgar essa frase antológica do Millôr Fernandes antes da PL-122... Como vai ser julgada? Homofobia? Millôr, eu vou ficar e resistir, pois resistir é existir! Traduzindo em graúdos: vou desobedecer civilmente a PL-122 e sofrer as consequências disso. Duela a quien duela! Será que em Pindorama tem cadeia suficiente para uns 40 milhões de pessoas que vão desobedecer a César?”

Em tempo: O leitor Linézio Marques comenta que "no mesmo dia, 12/05, enquanto o PL-122 teve sua votação adiada, o que não significa que será aprovado ou reprovado num futuro próximo, ao contrário, lá no SBT, independentemente de terem que esbarrar em qualquer Lei (na Lei divina, então, nem se fala) ou em qualquer rejeição pública, levaram ao ar sem pudor algum uma cena que, pelo menos algumas décadas passadas, seria censurada e considerada uma afronta imposta aos telespectadores".

Confira também: "MEC distribuirá Kit Gay nas escolas para crianças de 7 a 10 anos"

"Em verdade vos digo que menos rigor haverá para Sodoma e Gomorra, no Dia do Juízo, do que para aquela cidade" (Mateus 10:11). "Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza" (Romanos 1:26).