O buchicho que de tempos em tempos vem à tona voltou a circular na internet: “Você sabia que o sêmen tem propriedades antidepressivas?” Segundo uma pesquisa do psicólogo Gordon G. Jr. Gallup, publicada na revista Archieves of Sexual Behavior (Arquivos do Comportamento Sexual), tem sim. O professor da Universidade Estadual de Nova York em Albany acompanhou 293 estudantes americanas em 2002 e concluiu que aquelas que faziam sexo sem camisinha apresentavam menores níveis de depressão do que aquelas que usavam o preservativo sempre ou geralmente e também daquelas que não faziam sexo. Como a diferença entre quem não fazia sexo e aquelas que usavam proteção não foi significativa, atribuir a felicidade ao sexo estava excluído.
Gordon Gallup conta em entrevista à Jennifer Abbasi do Popsci veiculada [na] quinta-feira (5) que “o plasma seminal deve controlar e manipular o sistema reprodutivo feminino para trabalhar de acordo com o melhor interesse do doador, o homem”. É possível encontrar no plasma hormônios como estrogênio, prostaglandinas e ocitocina. Os dois primeiros têm sido associados a menores níveis de depressão, enquanto a ocitocina é conhecida por hormônio do amor, por favorecer o contato social.
Ele conta ainda que em um recente estudo, não publicado, descobriu que as mulheres podem sofrer quando ficam sem sêmen. De acordo com o pesquisador, as mulheres em relacionamentos estáveis que tinham relações sexuais desprotegidas foram muito mais devastadas e negativamente afetadas depois de um rompimento do que aquelas que faziam uso de preservativos.
(UOL Ciência e Saúde)
Nota: É sempre interessante notar a inter-relação existente entre os diferentes, mas complementares organismos da mulher e do homem, uma vez que foram projetados para essa complementaridade que os torna, na expressão bíblica, “uma só carne”. Ao ler o último parágrafo da matéria acima, me lembrei do conselho do apóstolo Paulo em 1 Coríntios 7:5: “Não vos priveis um ao outro, salvo talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes à oração e, novamente, vos ajuntardes, para que Satanás não vos tente por causa da incontinência.” E poderímos adicionar: “Para que a esposa não fique deprimida.”
É bom lembrar, também, que outra pesquisa mostrou que o sexo, quando praticado sem romantismo e compromisso, leva à depressão, à baixa autoestima e até à anorexia. Assim, os verdadeiros benefícios do sexo (do verdadeiro sexo seguro vaginal) são encontrados no contexto matrimonial entre um homem e uma mulher.
Mais: em tempos de apoio à união homoafetiva, é bom notar que cada vez mais pesquisas motram que o sexo normal é aquele praticado entre casais heterossexuais; e o sexo seguro e verdadeiramente satisfatório é o que se pratica no contexto de um casamento romântico.
Para encerrar: estranha-me o fato de evangélicos maniferarem desaprovação à união dos “casais” gays alegando que isso é uma agressão à instituição da família criada por Deus (no Éden), ao passo que muitos desses mesmos evangélicos pisoteiam a outra instituição criada por Deus (também no Éden), o sábado do quarto mandamento. É, no mínimo, contraditório.[MB]
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