Promovendo a bagunça |
Se
há um tema que rende uma infinidade de clichês e conceitos definidos, é o amor
e suas relações. Apesar disso, a nova série documental Amores Livres, que [estreiou] nesta quarta (5), às 22h30, no canal
pago GNT, consegue fugir da mesmice e mostrar formas não convencionais, e
até inusitadas, com as quais as pessoas vivem seus romances, como o poliamor, a
relação aberta e o swing, entre
outros “modelos”. No comando da produção, o diretor João Jardim já pode ser
considerado um especialista quando o assunto é relação amorosa. Em 2011,
ele estreou o longa Amor?, em que
mostrava histórias reais de relacionamentos doentios, com depoimentos
interpretados por atores, entre eles Júlia Lemmertz, Lilia Cabral, Mariana Lima
e Fabiula Nascimento. Desta vez, ele apresenta pessoas que também amam demais,
mas buscaram alternativas aos tradicionais casais. “Essa questão de amar mais
de uma pessoa de uma única vez é uma fantasia na cabeça de todo mundo. Quando
começamos a fazer a série, não tínhamos noção do que íamos encontrar”,
conta Jardim.
O
primeiro dos dez episódios conta a história de Bardo e Fada, casados há 12 anos
e pais de duas meninas. Eles falam que sempre tiveram tendências poliamorosas,
mas abriram mão por conta do casamento. No entanto, há seis anos, após muitas conversas,
resolveram abrir a relação. Foi quando encontraram Aline, a mulher que se
apaixonou primeiramente por Fada e pediu os dois em casamento. Os três passaram
a viver na mesma casa por um tempo, mas o desgaste da rotina fez com que o
“trisal” – como o casal e Aline se chamam – continuasse, mas em casas
separadas.
O
programa procura mostrar como essas pessoas resolvem problemas comuns no
cotidiano de qualquer casal. Em uma das cenas, Bardo e Fada, que são músicos,
estão trabalhando e ligam para Aline buscar uma das filhas e levar ao médico
por causa de uma dor de ouvido. [...]
Entre
tantas formas inusitadas de demonstrar e viver amores, Jardim destaca dois
aspectos presentes na maioria dos casos retratados no programa. “O que mais me
surpreendeu é que, diferente do que se espera, tem o protagonismo da mulher
nisso tudo, ela que conduz essa situação muitas vezes. A mulher que está ali no
meio dizendo que quer experimentar uma coisa diferente. Outro aspecto, que é
separado desse, é a questão da bissexualidade, pessoas que tem a vontade de
viver plenamente a sua sexualidade, tanto com homens quanto com mulheres. Muito
diferente daquela coisa do homossexual enrustido”, destaca.
(UOL)
Nota:
É a TV ajudando a normalizar cada vez mais o adultério e a poligamia, ambos
condenados na Bíblia. E se reforça o fenômeno da retroalimentação: a mídia
expõe o que andam fazendo por aí e com essa exposição ajuda a promover ainda
mais o que se tem feito – depois se alimenta do “fenômeno”, aumentando seu
ibope e seus lucros. Como será que fica a cabeça de uma criança criada num
ambiente desse tipo? Será que as fantasias pervertidas de algumas pessoas
justificam o fato de darem rédeas soltas a seus desejos, custe a quem custar?
Já não basta o “casamento” entre pessoas do mesmo sexo estar afrontando
diretamente o casamento heterossexual e monogâmico estabelecido por Deus? Se existisse
emissora de TV em Sodoma, creio que teria exibido programas como esse da GNT
(do grupo Globo)? É como está escrito em 2
Timóteo capítulo 3: no fim dos tempos, o mundo estaria cheio de pessoas “mais
amantes dos
prazeres do que [amigas] de
Deus”. [MB]