Sepultamento rápido |
Um
extremamente raro e bem preservado fóssil encontrado no famoso depósito de
calcário Solnhofen, na Alemanha, entrelaçou eternamente as vidas de três
animais [leia mais aqui]. O fóssil registra os momentos subsequentes em que um pterossauro de
cauda longa, Rhamphorhynchus, mergulhou e pegou um peixe pequeno na água,
que se imagina ser o Leptolepides, quando um peixe predador maior, Aspidorhynchus,
conseguiu saltar e agarrar-se à membrana de voo da asa do pterossauro,
puxando-o de volta para a água. Um mistério a la Sherlock Holmes! Enquanto o destino do peixe menor parecia
certo, tendo acabado de ser engolido pelo pterossauro, “o rabo do peixe ainda
degolando na região faríngea da garganta e a excelente preservação do peixe
minúsculo sem qualquer vestígio de digestão, sugere que a deglutição não foi
concluída e que o Rhamphorhynchus [pterossauro] estava vivo e no ar
durante o ataque.”[1]
Significativamente,
isso quer dizer que o pterossauro não só não tinha morrido recentemente como
também não estava flutuando na água à espera de um carniceiro para consumi-lo.
O pterossauro tinha acabado de descer para pegar o peixe menor e estava a meio
caminho de engoli-lo, quando o Aspidorhynchus atacou o Rhamphorhynchus e
o puxou para dentro da água, afogando-o. Sua asa esquerda foi mutilada enquanto
seu oponente [o Aspidorhynchus] furiosamente tentava soltar seu focinho
pontudo de sua presa de grandes dimensões, a qual não foi capaz de consumir
devido ao seu tamanho. A postura incomum da asa esquerda, com toda a “asa-dedo”
puxada sob o antebraço nos restos fossilizados, testemunha toda a contorção do Aspidorhynchus para
se soltar do pterossauro.
A
morte e a excelente preservação do Aspidorhynchus é que se tornam
problemáticas para a geologia secular das longas eras. Isso porque os geólogos
seculares não chegam a um acordo sobre a forma como as rochas calcárias ou os
fósseis que elas contêm foram formados. Apesar de um número considerável de
fósseis encontrados em Solnhofen ter sido documentado na Creation Magazine[2] e em publicações
seculares anteriormente, um artigo recente de um jornal secular destaca que,
“em contraste com a riqueza de fósseis já muito estudada, pouco se sabe sobre a
origem e diagênese[3] da rocha hospedeira. [...] Publicações que tratam da
matriz sedimentar, do sistema de deposição e da diagênese de plattenkalk[4] são
escassas e, até à data, nenhum modelo satisfatório estava disponível para
explicar o sistema de deposição ou a diagênese das séries de plattenkalk em
geral e das ocorrências em Solnhofen em particular”.[5]
Os
geólogos seculares das “longas eras” continuarão lutando para explicar o
sistema de deposição, ou para criar um modelo satisfatório para a formação de
calcário, persistindo em ignorar deliberadamente o dilúvio global descrito na
Bíblia, e buscando unir as ideologias claramente opostas dos “milhões de anos”
com a natureza extraordinária dos fósseis encontrados que requerem rápida
deposição.
Há
duas hipóteses concorrentes com relação à origem dos fósseis na formação
calcária de Solnhofen, que dizem ter sido formada no período Jurássico, há [supostos]
155 milhões de anos, durante um período de 0,5 milhão de anos.[6] Ambas as
hipóteses afirmam que a área era uma lagoa quente cortada do oceano.
Proponentes da primeira [hipótese] colocam então sua esperança na falta de
oxigênio e uma camada de água super salgada[7] na parte inferior da lagoa, com
uma lama de carbono macio para que os animais mortos caíssem. A condição tóxica
da água supostamente teria impedido o apodrecimento por bactérias e levado à
ausência de carniceiros, preservando qualquer animal morto que viesse a cair na
lama de carbono macio. Entretanto, como Whitmore (que tem conduzido seus
próprios experimentos sobre as taxas de apodrecimento de peixes em diversos
ambientes) aponta: “É comum o equívoco de que a ausência de oxigênio no
ambiente inibe o apodrecimento. Isso é falso; em alguns casos, o apodrecimento
não só é rápido, senão até mais rápido nesses ambientes. [...] De fato, a
maioria dos apodrecimentos é anóxica e acontece em muitos casos de dentro para
fora.”[8] E quanto ao caso hipotético da lagoa com falta de oxigênio e super salgada?
Quando discutida pelos geólogos seculares das “longas eras”, eles concluem que
“ainda faltam boas evidências”.[9]
Com
relação aos fósseis, a segunda teoria se aproxima da realidade uma vez admitida
de que os fósseis de Solnhofen requerem rápida sedimentação. Aqui se têm
algumas camadas sendo depositadas por tempestades de depósitos e uma invasão
oceânica que ocasionalmente transportou a lama macia e animais para a base da
lagoa.[10]
Embora
o artigo que descreve o fóssil afirme que a morte do Aspidorhynchus (o
peixe grande) “permanece especulativa”, ele apoia a primeira hipótese ao
afirmar que “o cenário mais provável é que o Aspidorhynchus enfrentou
sua vítima [o pterossauro] por um período de tempo, e assim foi rapidamente
afundando até a hostil camada anóxica de água [...], onde foi instantaneamente
sufocado. Ainda unidas, as carcaças chegaram ao fundo do mar”.[1] Isso falha
totalmente em explicar a morte do Aspidorhynchus e a preservação dos
três animais. A não ser que alguém assuma o cenário de pressupostos milhões de
anos, é muito claro que o caso mais provável da morte do Aspidorhynchus tenha
sido uma onda cataclísmica cheia de sedimentos que o soterrou, explicando o
alto estado de preservação observado. É evidente que virtualmente não ocorreu
nenhuma decomposição, tanto do Rhamphorhynchus como do Aspidorhynchus,
o que indica que eles foram enterrados rapidamente pelo sedimento.[11]
O
que dizer então do 0,5 milhão de anos que o depósito sedimentar de Solnhofen
supostamente levou para se formar? Se seus fósseis requerem sedimentação
extremamente rápida, como pode o período de tempo atribuído anteriormente
permanecer? O dogma da evolução é que os fósseis e suas camadas têm milhões de
anos, um registro de processos lentos e graduais. Porém, como podem esses
fósseis, dos quais dois foram registrados no ato de tentar garantir o jantar,
concordar com isso?
Observando
corretamente, esse rápido sepultamento indica que os sedimentos devem ter sido
depositados rapidamente, o que refuta completamente o dogma evolutivo. O que
acontece, então, às centenas de milhares de anos que o depósito sedimentar
Solnhofen supostamente levou para se formar? Também caem por terra. Faz mais
sentido atribuir o registro fóssil de Solnhofen, que contém uma superabundância
de insetos, animais marinhos e terrestres, ao dilúvio de Noé. Durante o dilúvio,
toda a topografia do mundo foi alterada. A atividade geológica global e a
deposição massiva de sedimentos foram rápidas, soterrando animais como os três
descritos neste artigo, e preservando seus fósseis como resultado.
Esses
belos e únicos fósseis, atualmente alojados no Wyoming Dinosaur Centre,
Thermopolis, USA, são um incrível testemunho do julgamento divino no passado, da
história da Bíblia sobre um dilúvio global nos tempos de Noé e um lembrete do
julgamento vindouro.
Nota do blog Engenharia Filosófica: “Mais
uma descoberta fóssil que, ao invés de ajudar (como Darwin quis imaginar),
só atrapalha os darwinistas. Não é a primeira vez que são encontrados fósseis
em condições que contradizem o modelo evolucionista das longas eras, uma vez
que é inimaginável que o trio fóssil estivesse se reunindo para um banquete
especial (e que banquete longo!). Como não podem recorrer a um modelo geológico
catastrofista – e por consequência bíblico –, pois a teoria evolutiva precisa
de longos períodos de tempo (para sair da ameba até o ser humano, por exemplo),
sobra para eles [os darwinistas] bolar contos mirabolantes. E olha
que o dilúvio é que é lenda...”
Referências e notas:
[1] Frey, E. and Tischlinger,
H., “The Late Jurassic Pterosaur Rhamphorhynchus, a Frequent Victim of the
Ganoid Fish Aspidorhynchus?”, PLoS
ONE 7(3): e31945| doi:10.1371/journal.pone.0031945, 2012.
[2] Por exemplo, Walker, T., “Death
March Horseshoe Crab stopped in its tracks”, Creation 25(2):54–55, 2003; creation.com/deathmarch and “Living
Fossils: the Shovelnose Ray”, Creation 33(1):15,
2011; creation.com/livingfossilray
[3]
Refere-se aos vários processos físicos e químicos que modificam sedimentos na
formação de uma rocha sedimentar.
[4]
Calcário finamente granulado quimicamente precipitado em uma coluna de água
estratificada sob condições de ausência de bioturbação.
[5] Munnecke, A., Westphal, H.
& Kolblebert, M., “Diagenesis of plattenkalk: examples from the Solnhofen
area (Upper Jurassic, southern Germany)”, Sedimentology 55:1931–1946, 2008; p. 1932.
[6] Viohl, G., “Solnhofen
Lithographic Limestones; in: Briggs, D.E.G. & Crowther, P.R. (Eds), Palaeobiology: a
synthesis”, Blackwell Science, 285289,
1990.
[7]
Tecnicamente definido como anóxico e hipersalino.
[8] Whitmore, J., “Fossil
Preservation”;
chapter 14 in: Page 231 in Oard, M. & Reed, J., (Eds), Rock Solid Answers: The Biblical
Truth Behind 14 Geologic Questions, Master Books, Green Forest,
Arizona, 2009.
[9]
Munnecke, A. et al., ref. 5, p.
1933.
[10]
Viohl, G., ref. 6. Also, Barthel, K. W., Solnhofen: Ein Blick in die
Erdgeschichte, Ott Verlag, Thun, 1978.
[11]
Longage geologists insisted for a long time that limestone could not form
quickly, but this is clearly incorrect. Another example is the Whitmore nautiloid bed in
the Grand Canyon; see Walker, T., “Geologic catastrophe and the young earth”, Creation 32(2):28-31, 2010; creation.com/geologiststeveaustin