quinta-feira, agosto 16, 2012

Autista desenha NY de cor depois de passeio de 20 min

Se alguém pensou que ver Dustin Hoffman contando palitos esparramados pelo chão era o sumo das habilidades de um autista, espere para ver o que é capaz de fazer o londrino Stephen Wiltshire, um “artista” - antes que um autista - que desenhou a cidade de Nova York rica em detalhes, em um quadro de quase seis metros, após observá-la de um helicóptero durante 20 minutos. O quadro foi elaborado, de cor, no famoso Pratt Institute de Brooklyn, e nele podem ser observados detalhes da cada edifício desenhado em uma escala quase perfeita. Todos os lugares mais conhecidos, como o Empire State Building e o Chrysler Building, podem ser vistos acima dos edifícios menores após somente três dias de trabalho. Todo o processo artístico foi realizado escutando com atenção seu iPod - a música ajuda, ele diz - e utilizando uma caneta em conjunto com sua memória fotográfica.

“Stephen primeiro desenha o básico de seu desenho com lápis e depois adiciona pontos de referência antes de completar os detalhes mais complexos”, afirma Iliana Taliotis, a educadora que trabalha com Stephen e sua família.

Em sua terceira visita a Nova York, esse é primeiro quadro panorâmico que realiza da paisagem urbana mais emblemática do mundo. Stephen considera a cidade seu lar espiritual, já que existem muitas semelhanças entre Londres e Nova York que ele pode relacionar. “A única diferença é que tudo está em uma escala maior e os edifícios são mais altos e modernos”, afirma sua mentora.

Diagnosticado com autismo ainda muito cedo, o talento de Stephen surgiu como uma forma de se expressar. Usando seus desenhos como forma de aprender, Stephen criou uma série de 26 imagens codificadas para lhe ajudar a falar, a cada uma das quais corresponde uma letra do alfabeto.

Em maio de 2005, Stephen fez de memória um desenho panorâmico de Tóquio sobre um tela de 15 metros, após um curto passeio em helicóptero sobre a cidade. Desde então, já desenhou Roma, Hong Kong, Frankfurt, Madri, Dubai, Jerusalém e Londres em telas gigantescas.

Em 2006, Stephen Wiltshire recebeu a Ordem do Império Britânico por seus serviços à arte, o que lhe permitiu abrir sua própria galeria permanente na Sala Real da Ópera de Londres.


Nota: Conforme destacou o amigo Alexsander Silva, seriam vestígios da capacidade original do cérebro humano?