A
capa da edição de 9 de agosto de 2012 da revista Nature exibiu a face reconstruída de um recentemente descoberto
fóssil com aparência humana descrita por Meave Leakey e os seus colegas no seu
relatório.[1] Três novos fósseis com aparência humana, provenientes de África,
criaram as condições necessárias para que os evolucionistas demonstrassem mais
uma vez a confusão que é a filosofia deles. Como sempre, os dados científicos
continuam a não se ajustar à teoria evolutiva. Qual foi a sua primeira função
após a descoberta dos fósseis? Segundo o perito de longa data e anatomista
Bernard Wood, que sumarizou os achados de Leakey num pequeno artigo na mesma
edição da Nature, “a tarefa dos
paleoantropólogos é reconstruir a história evolutiva do período entre a nossa
espécie, Homo sapiens, e as espécies
ancestrais que nós partilhamos de modo exclusivo com os chimpanzés e os
bonobos.”[2] Portanto, a tarefa desses cientistas é forçosamente interpretar os
dados dentro do paradigma evolucionista.
Ao
contrário dessa forma de “pensar”, a ciência propriamente dita não assume a priori que sabe as respostas para as
questões, mas analisa os dados de modo a averiguar qual é a hipótese que melhor
os explica. Contrariamente ao que é feito pelos cientistas, os evolucionistas
tentam, por outro lado, forçar os dados de modo a que estes se ajustem à
percepção evolutiva. Depois de mais de um século em busca dos fósseis que
poderiam ser inequivocamente qualificados de “espécie ancestral”, seria de
esperar que os evolucionistas se apercebessem de que algo vai mal em sua
teoria.
Wood
afirmou que os três novos fósseis colocam em causa uma hipótese que havia sido
lançada por ele mesmo, em 1992. Nesse ano, ele atribuiu uma larga mandíbula
inferior a uma variedade de fósseis com o nome de Homo rudolfensis cuja identidade tem sido contestada há décadas.[3]
Os dois novos fósseis de mandíbulas inferiores, encontrados perto das mesmas
rochas e contendo a mesma forma geral que a mandíbula que Wood havia atribuído
ao H. rudolfensis, aparentam ser
candidatos pobres para o mesmo H.
rudolfensis. Eles podem muito bem pertencer a mais uma nova “espécie” ou a
uma variedade de genuínos seres humanos.
Segundo
os autores da Nature, os novos
fósseis apoiam a noção de múltiplas variedades de humanos terem vivido ao mesmo
tempo, em África.
O
breve sumário de Wood em torno do modo como esses fósseis dão novas formas a
ideias antigas espelha as carreiras profissionais que foram gastas em
discussões centradas em fragmentos fósseis – se eles são de macacos, de humanos
ou algo pelo meio (ou de um porco)[4]; que tipo de variedade de macaco ou
humano; quem recebe a glória e o financiamento por classificá-los. A confusão e
o constante revisionismo chegam a caracterizar as constantes alterações das
datas atribuídas a esses fósseis.[5]
E,
agora, os evolucionistas têm que explicar o porquê desse leito rochoso
africano, que supostamente representa o berço da evolução humana, não mostrar
uma série de fósseis anatomicamente progressivos. Por que essas rochas não
exibem criaturas com a aparência de macacos (“ape-like”) evoluindo para
criaturas com a aparência humana (“human-like”) num perfeitamente estabelecido
contínuo geológico?
Os
evolucionistas têm também que explicar o porquê de existirem três ou mais
variedades de humanos cujos restos foram enterrados lado a lado exatamente com
os restos das criaturas “ape-like” que foram um dia consideradas ancestrais dos
humanos.
Todos
os restos hominídeos podem ser categorizados como (1) variedades de macacos
extintos, (2) variedades humanas extintas, (3) ou demasiado fragmentárias ou
reconstruídas de um modo demasiado pobre para se discernir – ou ainda (4) uma
fraude. A tarefa evolucionista de revisar suas próprias fábulas e falsidades
histórias, o que ocorre virtualmente sempre que uma nova descoberta é feita,
não é viável.
Não
é possível que uma teoria cujas crenças cardinais são estruturalmente revistas
sempre que uma nova descoberta é feita possa ser genuinamente considerada “científica”.
Se uma teoria é revista de modo profundo (e não periférico) sempre que um novo
dado é revelado, então o edifício dessa teoria tem que ser todo ele posto em
causa.
Infelizmente,
para os evolucionistas, Wood afirma que a tarefa evolucionista de explicar os
fósseis dentro do paradigma naturalista/evolucionista só vai piorar, uma vez
que ele escreve: “Os pesquisadores olharão para a nossa hipótese corrente em
torno desta fase da evolução humana como extraordinariamente simplista.”[2]
Ao
contrário da teoria mais revista, editada e corrigida da história da Biologia –
teoria da evolução –, a Palavra de Deus nos fornece uma descrição das nossas
origens compatível com a descontinuidade fóssil, uma vez que Deus criou os
seres humanos para se reproduzirem segundo o seu tipo/espécie, e não entre
tipos/espécies. As Escrituras declaram “o filho de Adão, que era o filho de
Deus” e não o filho de símios.[6]
A
previsão científica que pode ser feita a partir do que Gênesis revela é a de que
nunca serão encontrados fósseis que, de modo inequívoco, revelem uma transição
macacos-para-homem.
Se
esses novos fósseis com a aparência humana realmente representam uma variedade
de humanos, eles apenas reforçam a observação bíblica e científica de que os
seres humanos podem rapidamente expressar variações na forma e nos traços.[7]
(ICR, via Darwinismo)
Referências:
1. Leakey, M. G. et al. 2012. “New fossils from Koobi Fora in northern Kenya confirm taxonomic diversity in early Homo.” Nature. 488 1. (7410): 201-204.
2. Wood, B. 2012. “Palaeoanthropology: Facing up to complexity.” Nature. 488 (7410):162-163.
3. Some researchers have stated that representatives of H. rudolfensis do not even belong to the human genus Homo, but instead to an extinct ape kind. One even wrote that the flat, human-like facial structure of the most famous H. rudolfensis fossil skull KNM-DR 1470, described by Richard Leakey in
1974, was due to its facial bone fragments (that came from at least four different individual creatures) having been glued to an already human-like backer mold. See Bromage, T. 1992. “Faces from the Past.” New Scientist. 133(1803): 38-41.
4. Parker, G. 1981. “Origin of Mankind.” Acts & Facts.
5. Gish, D. 1974. “Richard Leakey’s Skull 1470.” Acts & Facts. 3 (2).
6. Lucas 3:38.
7. See articles listed under All People Descended Recently from a Single Family. ICR.org. Posted on icr.org