sexta-feira, agosto 03, 2012

Veja o tamanho da “sorte” para que a vida “surgisse”

[Note como, com pequenas alterações, o texto abaixo poderia tratar de design inteligente e não de acaso e “sorte”. – MB] Não são poucos os astrônomos que dedicam tempo, energia e recursos em busca de evidências de vida em outros planetas espalhados pelas galáxias afora [ciência sem objeto de estudo], e um número crescente de pessoas parece acreditar que não estamos sozinhos no Universo. Mas você só está hoje lendo este texto e respirando neste mundo graças a um intrincado conjunto de condições ambientais, e sem qualquer uma das quais este planeta seria tão deserto quanto qualquer rocha cósmica por aí. Confira uma compilação de “acasos” que se juntaram para permitir a prosperidade dos seres vivos da nossa Terra:

13. Distância exata do Sol. A distância que separa a Terra do Sol é de aproximadamente 150 milhões de km (uma Unidade Astronômica – UA). Se estivéssemos alguns milhões de quilômetros mais próximos, seria quente demais. Um pouco mais distantes, seria frio demais. A razão para haver essa zona habitável é simples: a temperatura é ideal para haver água em estado líquido.

12. Influência da Lua. Você já parou para pensar que as primeiras formas de vida da Terra, que surgiram no mar [hipótese assumida como fato], jamais teriam como alcançar o solo seco se o oceano fosse apenas um grande lago de água parada? E não é mais novidade que a Lua é responsável por controlar as marés. Sem um empurrãozinho das ondas, é possível que a vida em nosso planeta ficasse restrita aos mares.

11. Rotação. Se a rotação de nosso planeta não fosse regular, um dos lados estaria exposto aos raios solares permanentemente, enquanto o lado oposto jamais receberia essa benção [olha a palavra que escapou!]. Obviamente, a vida seria inviável em qualquer uma das condições, com calor ou frio extremos. Dessa maneira, mesmo que você não goste de acordar de madrugada antes de o sol nascer, ou que escureça à tardinha, é graças a isso que estamos aqui.

10. Gravidade constante. Grande parte dos conceitos físicos que permeiam a vida, de maneira geral, é possível apenas graças à famosa força de atração que Newton enunciou. A forma e o peso dos objetos só podem ser definidos devido a isso. Atividades básicas da vida, tais como movimentar objetos e os próprios corpos, seriam muito mais complicadas sem a gravidade.

9. Campo magnético. Uma força invisível, mas facilmente comprovável, nos protege de ser atingidos por partículas que o vento solar carrega até a Terra. Tal campo funciona, segundo as teorias mais aceitas, exatamente como um escudo. Tal escudo é formado a partir de uma linha circular, como um bolsão, traçada entre os polos magnéticos sul e norte da Terra. Sem essa proteção, estaríamos fritos. Literalmente.

8. Zonas temperadas. Compare o número de espécies animais das quais você já ouviu falar nas extremidades da Terra: provavelmente, não irá muito além de pinguins no Polo Sul, ursos no Norte, além de alguns peixes exóticos que conseguiram se adaptar a condições tão adversas. Agora pense na tropical floresta amazônica: incontáveis variedades de bichos, desde pequenos insetos até grandes mamíferos. O fato de haver áreas atingidas pelo Sol em quantidades equilibradas é considerado essencial para a manutenção da vida.

7. Água, água por todos os lados. Não é à toa que qualquer avanço na observação de possíveis fontes de água em Marte ou na Lua é sempre comemorado e incita novas investigações: a existência de água em estado líquido é um dos indicativos mais claros de condições para haver vida em um planeta. A Terra, com 70% de sua superfície coberta de oceanos, é privilegiada por essa razão.

6. Nível do mar estável. Ainda falando de oceanos: é realmente muita sorte [!] que o nível geral do mar, sob condições normais, se mantenha estável. O fato de as águas não invadirem o continente com periodicidade e constância indefinidas facilita o estabelecimento de seres vivos em ambos os ambientes. É uma pena, no entanto, que essa situação esteja mudando para pior com o aquecimento global e o derretimento das calotas.

5. Plantas verdes. Uma interessante teoria [não importa se teorias são “interessantes”; elas têm que ser verdadeiras] afirma que a cobertura vegetal da Terra em seus primeiros milhões de anos pode ter sido roxa, e não verde. Apenas quando foi concluído o “esverdeamento” de nossos vegetais é que a vida animal teve condições de surgir. A razão para isso é muito simples: plantas verdes são sinais da existência de clorofila, que por sua vez é um indicativo de fotossíntese, que produz oxigênio para nós. Na época do planeta roxo, os vegetais usavam alguma outra molécula para seus processos biológicos [de repente, a teoria parece virar fato; e nada de evidências, apenas especulações].

4. Eletricidade. Há quase 60 anos, dois cientistas americanos simularam a origem da vida na Terra em laboratório, com o experimento batizado de Miller-Urey em homenagem a eles próprios [experiência já desacreditada pelos cientistas]. Os pesquisadores utilizaram, em estado primitivo [?], os gases e outros componentes químicos que estariam originalmente envolvidos no surgimento do primeiro ser vivo. A partir disso, foram-se criando os mais básicos aminoácidos, que dariam o pontapé inicial da vida na Terra [cadê a explicação de que a mistura era racêmica e de que se formou grande quantidade de alcatrão, nunca detectada no registro fóssil?]. Como essas reações se ativaram? Segundo tal experimento, foi graças a descargas elétricas. Exatamente iguais às que hoje observamos pela janela em noites de trovoada.

3. Movimentos geológicos. A existência de placas tectônicas é um ponto crucial, segundo as teorias mais aceitas, para que a vida no planeta pudesse se desenvolver. A constante movimentação da crosta terrestre a partir de vulcões e terremotos nos primórdios da Terra permitiu que houvesse maior circulação de componentes químicos importantes para tal surgimento. Se toda a superfície terrestre fosse agrupada em um único e estático bloco, estes eventos poderiam não ter acontecido jamais [isso se partirmos de uma hipótese de “surgimento” da vida; se ela foi criada, não precisaria de um planeta inicialmente fragmentado].

2. O espaço a nossa volta. Cientistas concordam que a Terra não “nasceu” com tudo o que era necessário para que tenhamos vida atualmente [que afirmação mais vaga...]: alguns elementos, possivelmente até a água, foram trazidos de fora por gigantescos corpos celestes que colidiram com nosso planeta ainda nas primeiras etapas de sua formação. Além disso, o consenso básico é que a Terra jamais poderia abrigar vida se estivesse no vácuo: é necessário que ela esteja inserida no ambiente do sistema solar.

1. “Tempo de maturação”. Hoje em dia é difícil impressionar alguém citando a atual idade aproximada da Terra: embora 4,54 bilhões de anos seja um período de tempo incomensurável, já nos acostumamos à ideia de que sim, o planeta é velho [claro, depois de tanta propaganda em torno dos alegados bilhões de anos – e da necessidade desses bilhões de anos para justificar a macroevolução –, fica quase impossível defender a ideia de uma Terra bem mais recente]. Mas nem todos os planetas já observados têm tanto tempo de vida assim: alguns nascem e são destruídos em questão de poucos milhões de anos ou ainda menos. Por essa razão, é válido destacar que a vida só prosperou no planeta porque ele mesmo resistiu. Os ancestrais mais antigos do ser humano surgiram há cerca de 4 milhões de anos, menos de um centésimo da idade do planeta [depois de falar tanto em “sorte” e acaso, afirmar que “os ancestrais mais antigos do ser humano surgiram” é quase leviano. Bem, faça sua escolha: depois de analisar tantos requisitos finamente ajustados para que a vida fosse possível – e sem mencionar a tremenda complexidade da vida e a impossibilidade matemática de que ela simplesmente surgisse –, você fica com o design ou com a “sorte”?]