Hoje foi o dia do lançamento, no Brasil, do livro Cinquenta
Tons de Cinza. Segundo o portal UOL, a julgar pelo tremendo sucesso nos Estados Unidos, e considerando que best seller lá costuma ser também aqui,
é de esperar nos próximos dias uma corrida às livrarias em busca do livro de E. L. James, dona de
casa até então desconhecida. Lançado em março, o livro já vendeu mais de 30
milhões de exemplares. No Brasil, começa já com tiragem alta: 200 mil
exemplares. “Não se pode dizer que seja um livro que enriquecerá a literatura”,
diz o comentário no UOL, “mas tem um enredo interessante, capaz de amarrar a
leitura até a última das 480 páginas [e amarra porque é baseado em romance e
pornografia “para mulher”, segundo a revista Época]”. Cinquenta Tons de
Cinza conta a história de uma ingênua estudante de 22 anos que se envolve
com um jovem empresário rico, absolutamente racional e com estranhos gostos
sexuais e preferência pelo sadomasoquismo. O texto é recheado com detalhados
relatos de sexo, com passagens bastante descritivas. Conforme o UOL, “trata-se
de uma narrativa libertina, a la
Marquês de Sade, embora sem riqueza literária”.
Os
três livros da série servirão de base para o roteiro do filme que será
produzido pela Universal Pictures, que comprou os direitos por inacreditáveis
US$ 5 milhões, o que ajudou a transformar a então anônima James na mais nova
milionária do pedaço.
Cinquenta Tons de Cinza
é
mais uma obra a dar sua contribuição para a decadência dos valores que ainda
lutam para se manter em pé, como o casamento, a virgindade, a pureza conjugal,
a sexualidade sadia e equilibrada e o respeito pelo sexo oposto. Segundo
matéria publicada pelo GNT,
“enquanto o filme não sai, a polêmica sadomasoquista do livro tem povoado os
jornais e a mente das mulheres que já leram ou ouviram falar da trama [no
Brasil, serão, de início, 200 mil mentes povoadas com esse tipo de distorção
sexual/comportamental]. Afinal, é possível sentir prazer com a dor? No
dicionário Houaiss, o termo ‘sadomasoquismo’ é definido como uma perversão [em
que] o prazer sexual é obtido através do sofrimento físico e da humilhação de
si mesmo e do outro. Segundo o ginecologista e sexólogo Amaury Mendes
Júnior, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o comportamento ainda é
explicado na medicina como parafilia ou inadequação social”. A julgar pela promoção
que a obra está tendo por aqui (especialmente da revista Época, com a capa ao lado), essa parafilia poderá ser vista por
muita gente como normal e até divertida – e mais uma anormalidade será
“normalizada” pela mídia.
Veja
o que disse o site da revista Época: “Cinquenta Tons de Cinza (um trocadilho
com o sobrenome de um dos protagonistas, Grey, que significa cinza em inglês),
é um fenômeno editorial comparável a sucessos como Harry Potter ou O
Código Da Vinci. A obra já foi traduzida para 37 idiomas, foi motivo de
leilões disputadíssimos e chegará no dia 1º de agosto ao Brasil. O primeiro
volume da trilogia será lançado pela Editora Intrínseca com tiragem inicial de
200 mil exemplares, uma das maiores para a estreia de um autor no país. Nos
Estados Unidos, atores de Hollywood digladiam pelo papel dos protagonistas
Anastasia Steele, uma universitária desajeitada e virgem de 21 anos, e
Christian Grey, bilionário misterioso cinco anos mais velho por quem ela se
apaixona.”
Para mim, está claro que o inimigo de Deus (e dos
valores do Reino) realiza seus ataques em três frentes: ideologia, religião e
estilo de vida. A ideologia que ele promove – e que afasta as pessoas do
Criador – é o darwinismo materialista; a religião é o espiritualismo – que
também afasta as pessoas de Deus e da Bíblia –, tão bem promovido com os
sucessos literários e de bilheteria de Harry Potter, Crepúsculo
e Fallen; e o estilo de vida é o do total desregramento, do
sexo livre e da intemperança, que deixam seu rastro de miséria e infelicidade
onde antes apenas havia a promessa de felicidade e prazer.
E você ainda achava que as coisas não poderiam
ficar piores neste planeta?
Michelson
Borges
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meu comentário no programa “Conexão NT”.
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