terça-feira, novembro 17, 2015

Eles querem ampliar a vigilância a cidadãos comuns

Liberdade vigiada
O clima de consternação desencadeado pelos atentados em Paris e a urgência pela busca de medidas mais efetivas contra os terroristas trouxeram de volta à pauta das 20 maiores economias do mundo um tema polêmico para muitos países. Nos bastidores da cúpula do G-20, em Antália, na Turquia, já há quem defenda um acesso ainda maior a dados de comunicações do cidadão comum – agenda que agrada a americanos e britânicos. Os defensores da iniciativa pregam que essas podem ser as ferramentas necessárias para dar celeridade às investigações sobre os indivíduos radicalizados por trás de novos planos de atentados. Mesmo antes da carnificina na capital francesa, na última sexta-feira, os EUA vinham pressionando os outros negociadores do G-20 a adotarem formas de controle que permitam chegar mais depressa a hackers que tenham atacado empresas americanas.

No Reino Unido, o Partido Conservador se empenha em aprovar legislação para consolidar o emaranhado de regras que pautam a atuação dos serviços de Inteligência e da polícia nas atividades de monitoramento de comunicações. O governo britânico promete limites mais bem estabelecidos; os críticos acham que os poderes propostos são excessivos e atentariam contra o direito à privacidade.

Dentro do Reino Unido e, aparentemente, fora, como indicam as conversas em Antália, os atentados certamente darão força aos propósitos do governo britânico, que ainda podem encontrar novos adeptos. O movimento, porém, não agrada ao governo brasileiro.

“Há uma clássica discussão sobre a segurança e a privacidade que você tem em informação. É preciso buscar um equilíbrio. Realmente, precisamos de um grande esforço. Temos de usar todas as ferramentas possíveis”, disse o secretário-geral da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Angel Gurría.

Nota: Está vendo no que isso tudo vai dar? [MB]